Policiais militares doam sangue como parte da Semana Nacional do Trânsito

Policiais do Batalhão Rodoviário dão exemplo nas blitze educativas
Publicação
17/09/2003 - 00:00
Nas seis sedes do Batalhão Rodoviário, policiais militares doaram sangue para ajudar a salvar vidas nesta quarta-feira (17), já para comemorara a Semana Nacional do Trânsito. Em Curitiba, Londrina, Maringá, Pato Branco, Ponta Grossa e Cascavel foram realizadas blitze educativas para conscientizar os motoristas sobre a importância da doação de sangue e,para dar o exemplo, os próprios policiais militares foram voluntários. “Este é um ato que não tem preço se temos consciência da importância dele”, comentou o cabo José Domingos Baumgartner, um dos doadores. O comandante do Batalhão Rodoviário da Polícia Militar, tenente coronel José Paulo Betes, disse que a iniciativa de montar uma blitz para alertar para a necessidade de se doar sangue foi dos próprios policiais da unidade. “Eles muitas vezes tiram as pessoas das ferragens e levam para o atendimento médico e o que preocupa é que nem sempre este esforço dá o resultado que gostaríamos. Sabemos que muitas vítimas de acidentes morrem no hospital exatamente por falta de sangue”, afirmou. “Então decidimos fazer mais este trabalho educativo nas nossas rodovias”, explicou. Só nos primeiros 6 meses deste ano, a Polícia Militar atendeu a 7.153 acidentes nos 16 mil quilômetros de estradas que estão sob a responsabilidade do Batalhão Rodoviário. Em 3.497 acidentes houve vítimas, sendo 464 delas fatais e outras 5.160 pessoas com algum tipo de ferimento. Além da blitz de conscientização para a importância da doação de sangue o Batalhão Rodoviário da Polícia Militar está com uma série de atividades programadas para a Semana Nacional do Trânsito. Estão previstas em todo o Paraná palestras em escolas, associações e clubes de serviço, nas quais os policiais militares estarão alertando para a necessidade de todos colaborarem para um trânsito mais humano, seja nas rodovias, seja nas cidades. E ao trabalho de orientação somam-se as operações de fiscalização, que são constantes. “Não fazemos só campanhas. Estamos permanentemente desenvolvendo um trabalho preventivo”, disse o coronel. Sangue – No posto de fiscalização do Contorno Sul, em Curitiba, foi colocado durante todo o dia um ônibus do Hemepar, dentro do qual profissionais especializados faziam a triagem e a coleta do sangue. Cada doador ajuda a salvar pelo menos outras quatro vidas. Tudo começa com um cadastro da pessoa. Em seguida ela responde a um questionário de triagem e são feitos testes para verificar se o voluntário pode ou não doar sangue. Todo este cuidado serve para selecionar os doadores. Vale lembrar ainda que, antes de ser colocado à disposição dos pacientes, o sangue coletado passa por diversos testes. Pode doar sangue quem está em boas condições de saúde, tem entre 18 e 65 anos e pesa mais que 50 quilos. É preciso estar alimentado, desde que se evite alimentação pesada. Homens podem doar a cada 60 dias e mulheres a cada 90 dias. Gripe, febre, gravidez e amamentação são fatores que impedem a doação. Também não pode doar quem realizou cirurgia de grande porte há mais de 6 meses e aquelas pessoas que tem comportamento de risco em relação à doenças sexualmente transmissíveis. As pessoas que tiveram hepatite após os 10 anos de idade estão impossibilitadas de fazer a doação.