Polícia prende golpistas que adulteravam caixas eletrônicos

Os ladrões foram presos em plena luz do dia, dentro de um hipermercado, quando se preparavam para instalar o equipamento conhecido por “chupa-cabras”
Publicação
08/07/2005 - 16:47
Editoria
O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu em flagrante dois integrantes de uma quadrilha especializada em aplicar o “Golpe do Chupa-Cabra”. Com dispositivo eletrônico, a quadrilha consegue copiar dados de cartões de banco e de crédito em caixas eletrônicos. “Geralmente, o aparelho, conhecido como chupa-cabra, é instalado dentro de um caixa eletrônico e, durante um período, copia todos os dados de cartões eletrônicos usados no equipamento”, informou o delegado-chefe do Cope, Marcus Vinicius Michelotto. Em plena luz do dia, Cleber Romão da Silva, 20 anos, e Carlos Alves da Silva, 34 anos, se preparavam para instalar o aparelho em um caixa eletrônico, dentro de um hipermercado, no bairro Alto da XV, em Curitiba, quando foram surpreendidos por seguranças. “Eles estavam tentando inserir o ‘chupa-cabra’ dentro do caixa eletrônico, quando o alarme da máquina disparou e fomos acionados”, disse Michelotto. “A ousadia deles era tamanha que em plena luz do dia estavam tentando aplicar o golpe num local bastante movimentado”, avaliou. A polícia apreendeu, com os ladrões, um molho de chaves que era usado para abrir os caixas eletrônicos, o crachá de uma empresa de segurança, e o aparelho “chupa-cabra”. Michelotto disse ainda que está investigando a possibilidade da quadrilha ter aplicado este golpe em outros caixas eletrônicos de Curitiba. “Temos indícios da atuação destes homens em outros locais da capital e estamos investigando a suspeita. Essa quadrilha não age mais em nossa capital”, garantiu o delegado. Segundo a polícia, Cleber Romão da Silva, natural de São Paulo, e Carlos Alves da Silva, de Brasília, não têm passagens pela polícia. Eles permanecem presos no Cope e vão responder inquérito por estelionato. Alerta – O delegado Marcus Vinicius Michelotto orienta as pessoas e principalmente comerciantes com relação à atuação dos bandidos. “Estes marginais têm se apresentado como funcionários de empresas de cartões de crédito e de instituições bancárias, com o objetivo de conseguir instalar o aparelho dentro das maquinas de passar cartões”, informou Michelotto. Ainda segundo o delegado, eles usam a desculpa de que vão fazer manutenção no caixa e, assim, instalam o equipamento. Depois de alguns dias, os marginais voltam para retirar o aparelho, que já copiou dados dos cartões eletrônicos.

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