A Polícia Militar formou nesta sexta-feira (24) a primeira turma do Curso de Instrutor de Armas de Fogo (Ciaf). Ao aperfeiçoar o conhecimento de oficiais, a PM espera padronizar e melhorar ainda mais o nível técnico e tático dos integrantes da corporação. “A capacitação de instrutores é muito importante porque são eles que irão trabalhar com a reciclagem da tropa a partir de agora”, disse o coronel Itamar dos Santos, chefe do Estado Maior e sub-comandante da Polícia Militar do Paraná. “É importante ressaltar que não estamos formando atiradores e sim técnicos”, reforçou. Os 29 policiais recém-formados serão designados para trabalhar em unidades da PM em todo o Estado, conforme a necessidade. A instrução que eles adquiriram, inclui desde a montagem até o correto manuseio dos diferentes tipos de armamento usados pela corporação. Com isso, a PM quer evitar o aumento de um número estatístico lamentável: todos os anos nas polícias militares brasileiras 2.160 homens morrem ou se ferem no atendimento a ocorrências com confrontos armados. “Boa parte destes policiais foram vítimas por falta de preparo ou de treinamento complementar”, disse o coronel Itamar. Padrão internacional – No curso, que teve duração de 600 horas/aula, os oficiais aperfeiçoaram técnicas de tiro seguindo os padrões internacionais. Em pistas com alvos múltiplos, os alunos precisavam dar respostas rápidas como se estivessem vivenciando um confronto. “O importante é treinar para atirar e não atirar para treinar”, disse o capitão Oscar Francisco Monteiro, comandante da 2ª Companhia do 4º Batalhão da PM, em Maringá, um dos alunos do Ciaf-2003. “Se o policial está bem preparado, ele está tranqüilo porque sabe do seu potencial”, disse. De acordo com o coronel Itamar, a partir do momento em que concluem o curso, os oficiais serão responsáveis por parte da instrução de policiais militares paranaenses. “Esperamos, com isso, melhorar ainda mais o nível técnico dos nossos homens”, disse ele, explicando que a PM do Paraná “sai na frente” uma vez que são poucas as polícias, no Brasil, que possuem um curso similar. “Nossa meta não é incentivar o policial a dar tiros, mas, se ele tiver que sacar a arma numa ocorrência, que esteja cada vez mais treinado sobre o procedimento”.