O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, participaram, nesta quarta-feira (19), em Guarapuava, da apresentação do Plano de Manejo para a Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Esperança – localizada na região Centro Sul do Paraná. A APA ocupa 206 mil hectares em dez municípios da região Centro-Sul do Estado. “Este é um momento histórico para a política ambiental do Estado. A esperança em conscientização e preservação ambiental no Paraná está concentrada nesta área. Portanto, é motivo de orgulho para todos nós” ressaltou o secretário ao receber o Plano de Manejo consolidado da APA Serra da Esperança.O reconhecimento da APA da Serra da Esperança se deu em 1992, quando o governador Roberto Requião oficializou a demarcação da área. O plano foi elaborado e discutido com a participação da comunidade local, de organizações não-governamentais (ONGs), como a Mater Natura, e dos membros do Conselho Gestor da APA. A apresentação foi feita aos representantes dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental: Irati, Inácio Martins, Marechal Mallet, Rio Azul, Cruz Machado, União da Vitória, Paulo Freitas, Paulo Frontin, Prudentópolis e Guarapuava. Para o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, a consolidação do Plano de Manejo representa sustentabilidade, qualidade de vida e desenvolvimento ambiental e social. “Isso significa a conscientização da sociedade e o reconhecimento da proteção dos recursos naturais do Estado. Elementos que irão garantir a qualidade de vida e bem estar para as futuras gerações”, destacou Burko. Uma das principais preocupações do plano foi definir as regras de uso do solo para cada área em que a APA foi dividida. A proposta também indica atividades sustentáveis que poderão ser realizadas na região, melhorando a qualidade de vida da população, sem causar danos ao meio ambiente. Plano de manejo – É um documento que ajuda a administrar a Área de Preservação Ambiental da Serra da Esperança. No entanto, ele não serve somente para o IAP e o conselho gestor. Também é útil para qualquer pessoa ou instituição que more, trabalhe, tenha propriedade ou negócios na área. É o conteúdo deste documento que orienta as atividades a serem implantadas na APA. Por isso, o plano de manejo possui uma cartilha que explica as indicações de uso em que todas ações que serão efetuadas dentro desta área de preservação se enquadra em permitidos – atividades que poderão ser implementadas, desde que respeitada a legislação; permissíveis – atividades que deverão ser submetidas ao IAP; e proibidos, que são as incompatíveis com as funções da zona. Para o diretor do Departamento de Biodiversidade e Áreas de Preservação, João Batista Campos, o plano contém não apenas a forma como será feito o uso sustentável dos recursos naturais da APA, mas também amplia o conhecimento sobre a região e os instrumentos legais para que sua gestão seja a mais adequada possível. Segundo o prefeito de Prudentópolis, Gilvan Pizzano Agibert, trata-se de um trabalho de fundamental importância para a população que vive nesses municípios. “É a realização de um sonho. Acompanhei o projeto desde o início e sempre acreditei nele, devido ao trabalho sério realizado por todos”, afirmou. Participaram do evento o representante do Ministério do Meio Ambiente, Bruno Rocha, o chefe do escritório regional da SEMA de Guarapuava, Ildefonso Costa, o presidente do conselho gestor, Francisco Gubert, o coordenador de bacias hidrográficas Sema/Suderhsa, Mauro Batistelli, o gerente regional da Sanepar e presidente da Bacia do Rio Jordão, Evandro Damorim, além dos representantes que vivem nos municípios de abrangência da APA Serra da Esperança. “Áreas de proteção ambiental são unidades de conservação de uso sustentável, onde o objetivo principal é a preservação e conservação dos recursos naturais O plano também estabelece em que áreas podem ser desenvolvidas algumas atividades, desde que de caráter sustentável, como ecoturismo e agricultura orgânica”, afirma. Os objetivos da Unidade de Conservação Serra da Esperança são a proteção dos solos, cachoeiras e mananciais de abastecimento público; o manejo sustentável dos recursos naturais; a educação ambiental e o resgate do patrimônio genético de espécies florestais raras ou ameaçadas de extinção, como araucária, imbuia e canela-sassafrás. A formação do Conselho Gestor da APA é orientada pelo IAP em parceria com a Organização Não-Governamental (ONG) Mater Natura, com apoio da organização mundial The Nature Conservancy (TNC).