O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, o presidente da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa), João Lech Samek, e o diretor do Plano Nacional de Meio Ambiente, Fabrício Barreto, participaram nesta segunda-feira (01), em Curitiba, da discussão sobre a gestão das águas nas bacias do Alto Iguaçu, Ribeira e Litorânea, que juntas envolvem 40 municípios da região. Também compareceram ao encontro a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa, e o secretário municipal de Meio Ambiente de Curitiba, José Antonio Andreguetto.
De acordo com o diretor do Plano Nacional de Meio Ambiente, Fabrício Barreto, o Paraná está com um importante avanço nos recursos hídricos. “O passo que o Paraná está dando é muito significativo, não apenas no avanço da política de recursos hídricos como no fortalecimento do SISNAMA. A qualidade técnica dos produtos apresentados pelo Paraná traz grandes perspectivas para o Brasil sobre o plano paranaense”, explicou.
Para o secretário Rasca Rodrigues, trata-se de uma importante iniciativa levar para que a sociedade e universidades discutam o patrimônio ambiental do Estado. “É difícil determinarmos quais ações são mais importantes e governar significa definir prioridades. Por isso definimos como prioridade cuidar da água e discutir como proteger porque a água é um bem público que todos tem o direito”, comentou.
A apresentação dos cenários em cada uma das bacias hidrográficas está sendo feita pela Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape) empresa responsável pelos estudos e apresentação dos planos das 16 bacias hidrográficas. O presidente da Suderhsa, João Samek, falou que todo o Plano de Recursos Hídricos do Paraná será pautado no equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. “Deve ser um instrumento dinâmico, atualizado a cada quatro anos e que norteará o plano plurianual de ações governamentais”, ressaltou.
Segundo o secretário municipal José Antônio Andreguetto, o tema deve ser assumido por todas as esferas públicas e também cada ato de cada cidadão deve ser feito com responsabilidade e seriedade.
O plano deve ser elaborado em três níveis: nacional, estadual e Planos de Bacias Hidrográficas. O documento nacional foi concluído em janeiro de 2006 e assegura um planejamento do uso racional da água até 2020. Agora, as próximas etapas são as estaduais e o Paraná é um dos estados mais avançados em seus estudos.
Microbacias - Já a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa, explica que é um momento de síntese da política pública integrada de seis anos de governo num trabalho que foi realizado com todas as microbacias no interior de forma sistematizada. “Por isso esse é o momento de incorporarmos no plano a gestão para Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba”, comenta a diretora.
A idéia é debater com a sociedade a conservação das águas com uma visão estratégica de uso para os próximos 15 anos. Já foram realizados encontros regionais em Toledo, Paranavaí e Londrina. O próximo evento será realizado em Guarapuava, na quarta-feira (03).
Plano - O Plano de Recursos Hídricos é um dos instrumentos estabelecidos pelas Leis federal n° 9.433/97 e estadual n° 12.726/99, também conhecida como Lei das Águas, na qual ocorre um pacto entre o Poder Público, os usuários dos recursos hídricos (indústrias, irrigação, setor de abastecimento de água, geração de energia) e a sociedade civil (Ongs, sindicatos, universidades, associações comunitárias), para fundamentar e orientar a gestão de águas no Brasil.
As contribuições para o Plano Estadual de Recursos Hídricos podem ser enviadas pelo site www.suderhsa.pr.gov.br.
Plano de Recursos Hídricos é discutido por 40 municípios em Curitiba
O plano prevê a conservação das águas, com uma visão estratégica de uso, das bacias do Alto Iguaçu, Ribeira e Litorânea
Publicação
01/06/2009 - 19:00
01/06/2009 - 19:00
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