O secretário-chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, e a secretária da Administração, Maria Marta Lunardon, explicaram nesta terça-feira (06) aos representantes da APP-Sindicato as limitações legais que impedem a implantação, ainda neste ano, dos reajustes que o sindicato reivindica e confirmaram que o planejamento para 2007 inclui aumento do orçamento para educação. “Além dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, este ano é atípico em razão da lei eleitoral que encurta prazos. Entretanto, existe a vontade de atender as reivindicações no ano que vem e a Secretaria da Administração já trabalha com essa perspectiva”, esclareceu Iatauro.
O secretário lembrou que qualquer ato para criação de despesa deve estar aprovado e sancionado até o último dia deste mês. Entretanto, mesmo com a mensagem sendo finalizada a tempo, o reajuste estaria comprometido, porque correria o risco de ser considerado irregular pelo Tribunal de Contas. “Um aumento colocado entre junho e julho, para ser pago em agosto, constaria como irregular no sistema de informações do TC. Porém, nós já temos a determinação clara de fazer todo o planejamento do ano que vem com índices de correção apurados”, justificou Maria Marta.
Entre os itens que fazem parte da pauta de reivindicação da APP está a equiparação salarial com o quadro do Executivo e a inclusão do vale transporte no vencimento-base. O sindicato alega que o reajuste médio de 33% concedido pelo Governo do Estado, quando criou o plano de cargo e carreiras em 2004, pode chegar no fim do ano com perdas diante da inflação. Ao analisar os estudos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que servem de base para a proposta, a secretária da Administração ressaltou que também deve ser levado em conta a projeção de despesa global, que inclui reajustes, já em andamento, para outros quadros ainda neste ano.
Aumentos – Em 2006, o Governo já promoveu aumentos para os 43 mil servidores do Quadro Próprio - ou quadro geral - que começaram a ser pagos em maio. Também estão em andamento projetos que reajustam os salários dos delegados de polícia, dos procuradores de Estado e dos funcionários do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Esses reajustes, somados às contratações de servidores por concursos e o rotineiro pagamento de promoções, progressões e adicionais - especialmente para o quadro do magistério - representam incremento de 12,5% no montante da folha de pagamento do Poder Executivo, que deverá ser de, pelo menos, R$ 5,4 bilhões neste ano (em 2005 foram R$ 4,8 bilhões).
Para a presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, deputada Elza Correia, a proposta da APP até poderia ser aprovada, mas não representaria avanço, porque seu cumprimento estaria comprometido. “Estamos trabalhando com a realidade e com um prazo que inviabiliza a concessão desses benefícios neste ano”, salientou.
A APP foi representada pelos sindicalistas Miguel Baez, Marlei Fernandes e Luiz Paixão, que representam a coordenação encarregada de debater a pauta de reivindicação com o governo. A reunião também contou com a presença do economista supervisor técnico do Dieese, Cid Cordeiro.
Planejamento para 2007 inclui análise de reajuste aos professores
Governo explica razões que impedem concessão de benefício aos professores neste ano
Publicação
06/06/2006 - 16:24
06/06/2006 - 16:24
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