Pessuti rebate as críticas sobre trabalho da equipe de transição

Afirmou que, em 15 dias, o governo já respondeu a maior parte das questões solicitadas pela equipe do governador eleito Beto Richa
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19/11/2010 - 19:10
Editoria
O governador Orlando Pessuti, em entrevista concedida ao vivo na tarde desta sexta-feira (19) para a rádio CBN, rebateu as críticas feitas que vêm sendo feitas pela oposição sobre o trabalho de transição do governo do Paraná. Afirmou que, em 15 dias, o governo já respondeu a maior parte das questões solicitadas pela equipe do governador eleito Beto Richa e desafiou o líder do futuro governador na Assembléia Legislativa para que prove as acusações sobre criação excessiva de cargos em comissão e reforçou que vai entregar o Estado com as contas em dia e bem melhor do que recebeu.
“Pode ter certeza de que estamos trabalhando dia e noite, sábado e domingo para entregar um Paraná bem melhor para o futuro governador. Eu assegurei que vou fazer uma transmissão de cargo tranquila, serena e que vou entregar um Paraná melhor do que recebi do Requião em abril e melhor do que Requião recebeu do Lerner, no dia 1º de janeiro de 2003”, afirmou Pessuti.
Durante a entrevista, o âncora e apresentador da CBN, Marcos Tosi, citou as afirmações feitas pelo futuro líder de Beto Richa, na Assembléia Legislativa, deputado Ademar Traiano, de que o Governo estaria escondendo informações para a equipe de transição.
Pessuti esclareceu que, em apenas duas semanas, 60% das informações solicitadas já foram entregues e que esta informação foi reconhecida pelo coordenador da equipe de transição de Beto Richa, Carlos Homero Giacomini. “Eu ouvi da boca do Giacomini que os trabalhos da equipe de transição do governo estão indo bem. Estou fazendo a minha parte”, disse.
Ele ainda contou que, em 2002, quando foi líder da comissão de transição entre o Governo de Jaime Lerner e Roberto Requião, após 90 dias das eleições, eles ainda não haviam recebido sequer 10% das informações solicitadas. Acrescentou também que a equipe de transição de Lerner nem o recebia para conversar.
“Eu lamento que o deputado Traiano esteja fazendo este tipo de acusação porque não é o melhor comportamento de alguém que já esteve oito anos no governo Lerner, alguém que está há oito anos na oposição, e que, de forma equivocada e precipitada, faz considerações a respeito do trabalho de transição e a respeito do trabalho final que estamos fazendo”, declarou Pessuti.
O jornalista Marcos Tosi disse que o deputado Traiano também questiona o excessivo número de nomeações feitas pelo governador Orlando Pessuti. Segundo o deputado, este ano teriam sido contratados 835 fucionários em cargos de comissão, contra 189 exonerados no período, o que dá um saldo de 646 comissionados.
Pessuti rebateu afirmando que a maior parte das nomeações em cargos de confiança do Governo era de substituições. E questionou o porquê de o deputado não comentar sobre as 6 mil nomeações que foram feitas este ano, sendo 4 mil para atuação em hospitais e 2 mil para as polícias civil e militar. Ele também desafiou que o deputado prove as acusações.
“Eu gostaria que o Traiano, que pelo menos até onde eu saiba não está autorizado para isso, peça ao Giacomini, que é quem comanda a equipe de transição, que apresente ao meu coordenador de transição, Alan Jones, esta lista de contratações e exonerações. Isto não procede. Isso é uma inverdade”, destacou Pessuti.
O governador contou que solicitou uma reunião com Beto Richa para que possam tratar dos assuntos que tramitam na Assembleia Legislativa e para que o futuro governador resolva diretamente com ele questões que podem estar incomodando.
“Precisamos avaliar se o Traiano está falando por ele ou pelo Beto Richa, porque se o Beto está falando para ele mandar estes recados, ele não precisa fazer isto comigo. O Beto é meu amigo, tem meu telefone pessoal, tem o telefone da minha casa e, se o que eu estou fazendo não está de acordo com aquilo que ele deseja, é só ele pegar o telefone, me ligar, nós tomamos um cafezinho, e falaremos sobre o assunto”, disse Pessuti.
Outra questão levantada por Tosi, referiu-se ao risco de o Paraná perder R$ 60 milhões do Governo Federal para a construção de presídios se não apontar, até o final do ano, os terrenos onde eles serão instalados.
Pessuti reconheceu que a preocupação é coerente, pois vem tratando da questão há sete meses. Os terrenos precisam ser doados pelas prefeituras e, até o momento, não havia dinheiro para a compra destes terrenos. O Governo do Estado está tentando dilatar o prazo de convênio com o Ministério da Justiça para que o Paraná não perca a verba.
“Estamos trabalhando para resolver este assunto. É por isso que eu preciso continuar governando o Paraná, não posso parar de trabalhar porque, caso contrário, não resolvo o problema destes terrenos e deste dinheiro. É por isso que não posso ficar perdendo muito tempo com as inverdades que o Traiano anda falando”, salientou ainda Pessuti.

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