Pessuti mostra na COP 16 programas do Paraná para combater mudanças climáticas

Mata Ciliar e Inventário GEE foram explicados em reuniões com participantes da conferência mundial
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09/12/2010 - 16:10
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O governador Orlando Pessuti defendeu, na COP 16 – Conferência de Mudança do Clima em Cancún, México, a restauração criteriosa das reservas legais e explicou a manutenção de matas ciliares e o inventário de gases do efeito estufa (GEE) desenvolvidos no Paraná. Pessuti e a delegação paranaense participaram, na quarta-feira (8), de três reuniões, em que divulgaram as ações paranaenses no combate às alterações climáticas.
O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, presidido pelo secretário executivo Luiz Pinguelli Rosa, contou com a ministra do Meio Ambiente Isabela Teixeira e a secretária nacional de Mudanças Climáticas, Branca Americano. Isabela explanou os planos setoriais, na agricultura, energia, indústria, Amazônia e Cerrado e sobre o Fundo Clima, cujo conselho gestor será empossado na quinta-feira (16) da semana que vem.
Pessuti destacou o programa Mata Ciliar, que desde 2003 garantiu o plantio de 109 milhões de mudas de árvores de espécies nativas, às margens dos principais rios do Paraná, unidades de conservação e mananciais de abastecimento. O governador também falou sobre o Inventário de Gases de Efeito Estufa/GEE de Resíduos, lançado no mês passado. “É o primeiro passo para reduzir e controlar as emissões, bem como implementar ações para monitoramento do carbono”, afirmou Pessuti. O inventário traça o perfil de emissão dos setores, territórios, empresas ou instituições.
O governador defendeu a posição do Governo do Paraná em relação à necessidade de restauração criteriosa da reserva legal, e ressaltou o projeto de lei da Política Estadual de Mudanças Climáticas e o Fundo Estadual de mudanças climáticas em tramitação na Assembléia Legislativa.
PECUÁRIA – Pessuti participou, no mesmo dia, de duas reuniões no Espaço Brasil sobre o Plano Setorial de Mitigação e Adaptação do Setor Agrícola, com participação da Embrapa, CNA, WWF, Ministério das Finanças e Secretaria Nacional de Mudanças Climáticas. Foram levantadas propostas de recuperação de pastos degradados, integração lavoura pecuária e silvicultura, plantio direto, fixação biológica de nitrogênio e manejo de dejetos de animais.
No Paraná, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) desenvolve pesquisa sobre a recuperação de pastagem no noroeste do Estado, aumentando a produtividade por área de uma para sete cabeças por hectare, e o manejo de dejetos para a geração de energia em parceria com Itaipu.
O uso do biogás de dejetos de suínos para a produção de energia, distribuída para a rede de consumo, foi apresentado pelo superintendente de Energia Renovável do Itaipu, Cícero Bley. Foi discutida a possibilidade de consórcio de pequenos produtores, em um raio de 20 quilômetros, conectados por uma rede de tubulações, que alimentariam um gerador. A energia elétrica produzida pelo biogás abasteceria as propriedades e o excedente poderia ser vendido para a rede de distribuição do Estado. “Com isso, um passivo ambiental se transforma em um ativo e, sobretudo, em fonte de renda para os produtores”, comentou Pessuti.
A delegação paranaense é composta por Regina Pessuti, Manyu Chang, secretária executiva do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas Globais, Alessandro Panasolo e capitão Pedro Paulo Sampaio, assessores especiais do governador.

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