Pesquisadores paranaenses são premiados na área de Ciência e Tecnologia

Nessa edição o prêmio foi destinado às áreas de Ciências Agrárias e Ciências Humanas e Sócias e pela primeira vez premiou uma pesquisadora
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21/11/2005 - 18:10
A professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marilene Weinhardt, e o pesquisador da Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) Marcos Deon Vilela de Resende, foram os vencedores do prêmio do 19º Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, promovido pelo Governo do Estado. A cerimônia de entrega da premiação foi realizada nesta segunda-feira (20), às 14 horas, na sede da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Nessa edição o prêmio foi destinado às áreas de Ciências Agrárias e Ciências Humanas e Sócias e pela primeira vez premiou uma pesquisadora. Os profissionais que concorreram ao prêmio foram todos indicados pelas instituições das quais fazem parte. Cada um, recebeu o equivalente a US$ 4 mil, destinados a custear a participação pessoal em evento científico internacional de sua escolha, além de um diploma comemorativo e um certificado de premiação. Marilene destaca o fato de que do prêmio, desta vez, foi direcionado a pesquisadores da área de Humanas. “Foi um grande avanço e reconhecimento dos organizadores, pois a área muitas vezes é vista como um enfeite não necessário, o que não é verdade. Por isso a ação da Secretaria, de premiar todas as áreas sem distinção foi muito importante”, declarou. A cerimônia foi presidida pelo secretário de Ciência e Tecnologia, Aldair Tarcísio Rizzi, que parabenizou os participantes por mais esse reconhecimento tecnológico e científico no Paraná e declarou que “esta premiação não tem como acabar, pois já se consolidou na comunidade científica e tem que ser mantida”. A cerimônia teve também a presença do representante Embrapa, Antônio Maciel Botelho além da reitora em exercício da UFPR, Maria Tarcisa da Silva Belgo. Para a banca examinadora foram convidados os professores Miguel Sanches Neto (UEPG), João Bortolanza (UEL), Aparecida Feola Seca (Unioeste), José Borges Neto (UFPR) e Lucio Tadeu Mota (UEM) que analisaram o trabalho dos pesquisadores da área de Humanas e Sociais. Para a área de Agrárias foram convidados: Flávio Zanete (UFPR), Caio abércio da Silva (UEL), Cláudio Scapinello (UEM), André Fischer Sbrissia (Unicentro) e Antonio Costa e Antonio Costa (Iapar). Projetos premiados - Marcos Deon Vilela de Resende é agrônomo e estatístico de formação, com mestrado em Genética e Melhoramentos de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luíz Queiróz, Doutorado em Genética pela Universidade Federal do Paraná e Pós-Doutorado pelo Rothamsted Research Institute Res, Biomathematics, Inglaterra. As técnicas de melhoramento genético das plantas especialmente de árvores como o pinus, eucalipto, frutíferas e erva-mate são as bases fundamentais de seu trabalho que já renderam mais de 70 artigos, 40 trabalhos em congressos além de quatro orientações em mestrado e doutorado. Para Resende, o recebimento do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia realça que o trabalho desenvolvido é em uma área relevante para o país como um todo, pois se trata da melhoria genética de plantas e serve como exemplo para outros pesquisadores que queiram investir em tecnologia de ponta. A professora de Letras da UFPR, Marilene Winhardt, tem se dedicado ao estudo da literatura brasileira e paranaense nas áreas de romance e ficção. Sendo mestre e doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP), tendo três livros publicados, além de sete capítulos em outras publicações. É, também ganhadora do III Concurso Nacional de Ensaios do Ministério da Cultura e Nestlé. Ao receber o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, Marilene fez uma alusão à necessidade de incentivo para a pesquisa nas diversas áreas do conhecimento e declarou a importância da premiação para as Ciências. “Numa sociedade em que os efeitos imediatos da tecnologia são mais atrativos é de suma importância o reconhecimento, neste prêmio, da área humanística que nem sempre recebe a atenção devida de muitos, justamente por seu caráter não imediatista”, declara a pesquisadora.