Pesquisa aponta quase 90% de satisfação com o Sistema de Assistência à Saúde do servidor

Levantamento realizado com funcionários públicos mostra que a maior parte dos consultados está “satisfeita” ou “muito satisfeita” com o sistema, que teve a rede ampliada em mais de três vezes na atual gestão
Publicação
07/05/2006 - 06:00
Editoria
As reformulações que o atual governo está promovendo no Sistema de Assistência à Saúde (SAS) do funcionalismo público estadual tem melhorado a qualidade dos serviços. É o que mostra uma pesquisa de opinião realizada com usuários do SAS. De acordo com o levantamento, 87,64% dos consultados consideram-se “satisfeitos” ou “muito satisfeitos” com itens como consultas médicas, exames, pronto-socorro, internamentos e procedimentos ambulatoriais. Além do nível de satisfação, a pesquisa buscou apurar o grau de conhecimento dos usuários a respeito do sistema; e ainda os principais problemas na avaliação deles; sugestões para melhorar a qualidade dos serviços; e a freqüência com que o SAS é utilizado pelos servidores. Foram ouvidos, nos meses de janeiro e fevereiro, 2.134 beneficiários (servidores da ativa, aposentados e dependentes), dos municípios que compõem os 15 núcleos regionais do sistema (chamados de macrorregiões). Segundo a pesquisa, no geral 28,78% dos beneficiários do SAS estão “muito satisfeitos”; outros 58,86% dos consultados estão satisfeitos. Os “pouco satisfeitos” somam 8,96%; os “insatisfeitos”, 3,3%. O item com maior nível de satisfação dos usuários é o “procedimentos ambulatoriais”, no qual a aprovação é de 93,6%. O estudo foi feito pela Kepeler Consultoria e Pesquisa, empresa que venceu a licitação para realizar o levantamento. Diálogo - Para a secretária da Administração e da Previdência, Maria Marta Lunardon, tão importante quanto a melhora da qualidade dos serviços, reconhecida pelos pesquisados, é o canal aberto pelo SAS para que os beneficiários façam não apenas os elogios, mas apontem os problemas que ainda são encontrados. “Trata-se de uma gestão transparente, de diálogo, para que o sistema possa cada vez mais ser aperfeiçoado”, ressalta. O médico Eduardo Mischiatti, diretor do Departamento de Assistência à Saúde – setor da Secretaria da Administração que gerencia o SAS – observa que a pesquisa foi encomendada não só para se apurar o grau de satisfação do usuário, como também para se saber as áreas que necessitam de modificações. “A pesquisa mostra que o modelo de saúde do funcionalismo está no caminho certo, que estamos satisfazendo as necessidades do servidor e de sua família. Ao mesmo tempo, mostra em quais pontos temos que intervir.” Mudanças – O SAS vem passando por mudanças desde o início da atual gestão, em janeiro de 2003. Os técnicos da Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap) elaboraram um projeto de reformulação do sistema – o Novo SAS. Em linhas gerais, o projeto buscou reduzir a distância entre a casa do beneficiário e o ponto de atendimento mais próximo e instituir mecanismos que assegurassem melhor qualidade dos serviços prestados. Para começar, uma nova regionalização foi feita. O Paraná foi dividido em 15 áreas. Essas áreas receberam a denominação de macrorregiões, e foram definidas como sendo aqueles municípios em que o beneficiário do SAS encontra desde atendimento básico até o de mais elevada complexidade. Essas macrorregiões foram subdivididas, em regionais denominadas “mesorregiões” ou “mesorregiões diferenciadas”, de acordo com o tamanho do município. Nas mesorregiões diferenciadas, o servidor tem atendimento em todas as especialidades básicas, mais cardiologia, ortopedia, pronto atendimento 24 horas, internamentos de curta duração, cirurgias de baixa complexidade e partos. Nas “mesos básicas”, há a prestação de serviço das especialidades básicas, e pronto atendimento 24 horas. Licitações - Para a implantação do Novo SAS foram abertas licitações para a contratação de hospitais ou clínicas para as macrorregiões, sob novos regras – que permitem, sobretudo, maior poder de acompanhamento e fiscalização por parte do governo sobre a qualidade dos serviços prestados. O contrato do SAS é somente com os hospitais das macrorregiões. Eles ficam obrigados a contratar estabelecimentos nas mesorregiões de sua área de abrangência, ou seja, nos municípios menores das redondezas. Box 1 Confira os principais números da pesquisa MÉDIA DE SATISFAÇÃO ENTRE OS CINCO SERVIÇOS PESQUISADOS Muito satisfeito 28,78% Satisfeito 58,86% Pouco satisfeito 8,96% Insatisfeito 3,3% GRAU DE SATISFAÇÃO POR SERVIÇO 1- Consultas Muito satisfeito 23,7% Satisfeito 59,6% Pouco satisfeito 13,3% Insatisfeito 3,4% 2- Exames Muito satisfeito 25% Satisfeito 65,7% Pouco satisfeito 7,3% Insatisfeito 2% 3- Pronto-Socorro Muito satisfeito 28,2% Satisfeito 50,5% Pouco satisfeito 14,6% Insatisfeito 6,1% 4- Hospitalização Muito satisfeito 37,8% Satisfeito 54,1% Pouco satisfeito 4,4% Insatisfeito 3,8% 5- Procedimento ambulatorial Muito satisfeito 29,2% Satisfeito 64,4% Pouco satisfeito 5,2% Insatisfeito 1,2% Box 2 Governo mais que triplica tamanho da rede O projeto de reformulação do Sistema de Assistência à Saúde (SAS) do funcionalismo público estadual, com nova regionalização da rede, permitiu que o tamanho dela seja hoje mais de três vezes maior que há três anos. Enquanto no SAS antigo os 374 mil beneficiários contavam com pontos de atendimento em apenas 11 municípios, atualmente eles encontram hospitais, clínicas e outros estabelecimentos em 38 localidades. Um exemplo da diminuição da distância entre onde o funcionário público mora e o local de atendimento é o que se passa com os servidores que vivem no litoral. Até o fim do ano passado, eles precisavam se deslocar até Curitiba para passar por uma consulta – um trajeto, muitas vezes, de mais de 100 quilômetros. Agora, não: os usuários contam com ponto de atendimento em Paranaguá.