A indústria de alimentos El Shadai/Doce D’ocê, de Chopinzinho, no Sudoteste do Paraná, é finalista do Prêmio CNI 2009, que destaca as melhores práticas empresariais do Brasil que viabilizem uma produção eficiente e sustentável, resultando no aumento de competitividade. A El Shadai concorre com outras duas empresas, uma da Paraíba e outra de São Paulo, na categoria “Inovação e produtividade – modalidade micro e pequena empresa”. Os vencedores do prêmio serão conhecidos em solenidade marcada para o próximo dia 17.
A empresa paranaense chega à final do Prêmio CNI por ter criado uma massa ultracongelada para bolo inglês. O produto foi desenvolvido a partir de 2007, quando a El Shadai, em conjunto com o Senai de Pato Branco e de Francisco Beltrão, foi contemplada no Edital Senai/Sesi de Inovação.
“Precisávamos criar um produto prático e de fácil manipulação que nos diferenciasse no mercado. O Senai foi fundamental para isso. Nos deu toda a segurança através de testes e análises e em pesquisa de mercado e ainda teve participação marcante no desenvolvimento da embalagem”, explica Carlos Bazanella, proprietário da El Shadai. Além disso, a inovação foi patenteada por meio do Serviço de Propriedade Intelectual do Senai Paraná.
O novo produto, comercializado sob a marca Delice Dorê, ampliou em dez vezes o prazo de validade da massa, facilitou a logística de distribuição e quadruplicou a produtividade da empresa. Também facilitou o processo de preparo de bolos em panificadoras e confeitarias, gerando economia para os proprietários de estabelecimentos do setor e, principalmente, para o consumidor final.
Por ser um produto inovador, a massa de bolo ultracongelada já tem demanda em todo o Brasil. A procura é tanta que, para o ano que vem, Bazanella conta que a empresa passará por uma ampliação. “A prefeitura de Chopinzinho já nos cedeu um terreno onde construiremos um novo barracão e estamos comprando novas máquinas para otimizar a produção”, explica o empresário. “Isso vai gerar ainda mais empregos e renda no município”, acrescenta.
Para Bazanella, o reconhecimento da CNI é mais um incentivo para que a empresa continue inovando. “O prêmio mostra ainda que pequenas empresas como a nossa podem inovar e têm meios para isso, é só correr atrás que as coisas acontecem”, declara o empresário. Quanto à divulgação do resultado final no próximo dia 17, ele se diz otimista. “Estamos feliz por termos chegado até aqui e o que vier será lucro. Mas acredito que o nosso projeto é competitivo e temos condições de vencer”, conclui Bazanella.
Concorrentes – No Prêmio CNI 2009, a El Shadai disputa a final da categoria “Inovação e produtividade” com as empresas Laboremus Indústria de Máquinas e Equipamentos Agrícolas, da Paraíba, e a PSS Indústria e Comércio Ltda., de São Paulo.
A empresa paraibana, com sede em Campina Grande, desenvolveu o projeto “Gerador de Hidrogênio Eletrolítico de Pequeno Porte”, equipamento que serve de alternativa para reduzir ou até mesmo eliminar os investimentos da indústria, especialmente do segmento alimentício, na aquisição de hidrogênio.
Já a paulista PSS, fabricante de suspensões para bicicleta, apresentou o projeto “Desenvolvimento de suspensão ativa tipo ‘dual air’ para prática de ciclismo esportivo”. Trata-se de um modelo de suspensão com inúmeras possibilidades de regulagem, inédito no Brasil.
Além de “Inovação e produtividade”, o Prêmio CNI é entregue em outras duas categorias: “Design” e “Desenvolvimento sustentável”. Nos três casos, o prêmio é concedido em duas modalidades: um para micro e pequenas empresas e outro para médias e grandes. Mais informações sobre os finalistas e os projetos desenvolvidos por eles podem ser obtidas em www.cni.org.br.