A efetivação de uma parceria público privada beneficia 90 famílias de Toledo, no Oeste do Estado. As chaves das casas construídas pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), em parceria com o grupo Sadia, da unidade do município, Caixa Econômica Federal e prefeitura local, foram entregues aos novos moradores nesta quarta-feira (06) pelo vice-governador Orlando Pessuti. O Residencial Jardim Coofato recebeu investimentos de cerca de R$ 2,2 milhões. Segundo Pessuti, a habitação é uma das grandes ações desenvolvidas pelo governo em todo o Paraná. “É uma ação de inclusão social, já que a moradia visa dar às pessoas uma condição de cidadania e dignidade. A casa simboliza a união da família. Ao investir na construção de moradias como essas 90 casas, nós estamos investindo na qualidade de vida das pessoas”, destacou. Para o vice-governador, a iniciativa de estabelecer uma parceria público privada mostra a consciência de responsabilidade e justiça social por parte dos empresários. “A responsabilidade em oportunizar moradias não deve ser apenas do Governo do Estado. Aqui no Paraná temos belíssimas experiências onde grupos empresariais cedem o terreno, a prefeitura entra com a infra- estrutura, o Estado e o Governo Federal participam na construção das moradias e fica para o mutuário uma pequena parcela para pagar”. Pessuti disse ainda que a habitação é uma das grandes prioridades do governo. De acordo com ele, existe uma ação social muito forte no governo, como o Leite das Crianças, a luz elétrica de graça, a Tarifa Social da água, a não cobrança do ICMS e a construção das moradias. “Isto tudo vêm ao encontro da filosofia do governo de estar ao lado dos mais humildes”, garantiu o vice- governador. Para o presidente da Cohapar, Rafael Greca, o Governo do Paraná comemora, pelo vice-governador Orlando Pessuti, a entrega destas 90 casas do Conjunto Residencial Toledo, construído para funcionários da empresa Sadia. “Eu queria ter estado nesta inauguração, mas outras responsabilidades me afastaram a possibilidade de lá estar, mas eu, de coração, saúdo os novos mutuários da CEF, beneficiados por este projeto da Cohapar e felicito a empresa Sadia pela sua responsabilidade social em se preocupar com a moradia de seus funcionários”, enfatizou Greca. As casas do Residencial Jardim Coofato são direcionadas para famílias que têm renda mensal entre dois e cinco salários-mínimos, financiadas pela Caixa Econômica Federal. Os moradores pagarão prestações que variam de acordo com a renda familiar que também define o tamanho das unidades entre 44 a 63 metros quadrados. Para o gerente da Cooperativa de Crédito Mútuo dos Funcionários da Sadia (Coofato), Edgard Eres Neiveth, a idéia de construir as casas partiu da necessidade dos funcionários da empresa de possuírem moradia. “A grande maioria paga aluguel e muitos vivem em cidades próximas a Toledo. A Sadia tem, só na unidade de Toledo, 8.674 funcionários registrados e a demanda por habitação chega a mil unidades. Estamos com o projeto de mais 40 casas em andamento. Temos uma meta de chegar a 5 mil unidades nos próximos cinco anos”, explicou Neiverth. Já o gerente-geral da Sadia em Toledo, Eduardo Bonetti, disse que “essa iniciativa vem ao encontro à necessidade da empresa em oferecer condições de moradia digna para nossos funcionários, tirando-os do peso do aluguel, além da tranqüilidade de poderem morar próximos ao seu local de trabalho, com segurança e mais conforto”. O esforço do governo para atender as necessidades da população por moradias foi destacado pela gerente do escritório regional da Cohapar de Cascavel, Iolete Nishimura Moura. “O governador Requião tem se esforçado na busca de recursos para atender a população do Paraná e assim melhorar a qualidade de vida dos que mais precisam. A habitação é mais que uma obra de engenharia, é bem estar, é cidadania, é o direito de declarar seu endereço, é auto-estima e desenvolvimento social”. A CASA PRÓPRIA - Ainda com parte da mobília do lado de fora, Marcos Roberto Mioti, 31 anos, mostra a satisfação de acabar de entrar na sua casa própria. “Acabamos de nos mudar, agora é hora de ajeitar as coisas”, disse ele. Marcos e a mulher Claudinéia Coelho dos Santos, 30 anos, trabalham na Sadia como operadores de produção. O casal tem dois filhos, uma menina de 6 anos e um garoto de seis meses. “Agora, cada um vai ter seu quarto”, comenta Marcos. Casados há 7 anos ele conta que sempre pagaram aluguel. “É um dinheiro jogado fora, mas a gente precisa de um lugar para morar. Sair do aluguel é um sossego. Morar no que é da gente é proporcionar segurança para a família. Já tive que desocupar muita casa porque os proprietários pediam o imóvel. Agora, ninguém nos tira daqui. Me sinto realizado e feliz em poder oferecer esse conforto e segurança para minha família”, concluiu.