Parceria com empresas de ponta traz novas perspectivas ao Lactec

A multinacional Siemens é parceira do Lactec na área de energia e pretende renovar o contrato por mais quatro anos, com a intenção de trazer ao Paraná o desenvolvimento completo de soluções aplicadas no segmento
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07/05/2008 - 11:00
Os técnicos, pesquisadores e colaboradores do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) estão em contato permanente com o que existe de mais avançado no mundo em diversas áreas de ciência, tecnologia e inovação. Esse conhecimento se deve, além dos projetos pelo desenvolvimento da indústria paranaense, à proximidade com empresas estrangeiras que realizam seus estudos e ensaios nos laboratórios do Estado. A preferência de multinacionais pelo que é oferecido em pesquisa no Paraná, faz com que o Lactec seja um dos institutos de tecnologia mais procurados em todo o Brasil. Os serviços de referência prestados estão entre os principais motivos que atraem gigantes, como a empresa alemã Siemens. Uma reunião de trabalho sinalizou a disposição da direção da multinacional em renovar um contrato com o instituto paranaense por mais quatro anos na área de desenvolvimento de softwares. O diretor do Lactec, Aldair Rizzi, atribui a visibilidade dos serviços prestados pelo instituto e a perspectiva para novos projetos com grandes empresas a uma política estadual bem definida para o desenvolvimento tecnológico. "Há uma preferência pelo Lactec e pelo Paraná porque o governo do Estado tem uma política clara para a área de ciência e tecnologia, com institutos valiosos. Contando com a lei federal de incentivo à informática é possível internalizar recursos e aplicá-los na economia paranaense", explica. Rizzi afirma que os projetos em parceria com grandes empresas podem qualificar pessoal do Lactec em novas tecnologias. "Os nossos profissionais podem aprender com empresas que estão na ponta do processo de inovação tecnológica e fazer com que esse conhecimento seja aplicado no desenvolvimento do Estado. A absorção de tecnologia se faz, entre outras modalidades, através do treinamento e qualificação da força de trabalho, buscando absolver novas tecnologias e adaptá-las à economia regional", diz o diretor. Parceria – A Siemens Power Transmition Distribution já é parceira do Lactec na área de energia há dois anos, e utiliza os laboratórios do instituto para serviços que realiza junto a distribuidoras e transmissoras de energia. Pesquisadores do Lactec estudam e testam tecnologias de softwares para evitar e corrigir defeitos nos sistemas de informática de companhias energéticas. Para isso, trabalha com oito equipes de pesquisa, num total de 42 pessoas. A intenção da Siemens, em um novo projeto até 2012, é trazer para o Paraná o desenvolvimento completo de soluções aplicadas no segmento de energia. De acordo com o gerente do Departamento de Tecnologia da Informação do Lactec, Jefferson Schreiber, a preferência pelo instituto se deve à especialidade e ao know-how que possui nesse ramo. "É um projeto de âmbito internacional, que fortalece a pesquisa, que o Lactec vem criando na área de tecnologia de informação", explica. Um novo contrato pode, segundo Schreiber, qualificar novos pesquisadores do Lactec para a especialidade. "Um possível projeto até 2012 tem a perspectiva de atingir até 80 pesquisadores na fase de produção", diz. "O Lactec pode selecionar e capacitar pesquisadores do instituto, que irão a Mineapolis (EUA) por 30 a 90 dias para um treinamento específico", explica o gerente. Segundo ele, esse conhecimento poderá ser utilizado também em pesquisas para o desenvolvimento regional. "O reconhecimento internacional do Lactec poderá gerar a capacitação da equipe para o desenvolvimento de sistemas de alta complexidade na área de energia, que é o foco principal do instituto", destaca Schreiber. Os vários núcleos de desenvolvimento da Siemens estão nos Estados Unidos, na Alemanha e na Índia. A intenção da empresa é criar um núcleo também na América Latina. Estudos preliminares apontaram o Lactec como o instituto com as condições ideais pra abrigar um subnúcleo de Mineapolis (EUA) no Brasil.

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