Paraná vai representar o país em reunião sobre áreas protegidas na França

A reunião irá abordar a formação de ‘mosaicos de áreas protegidas’ ou ‘corredores de biodiversidade’ - porções de ecossistemas naturais que ligam fragmentos de vegetação possibilitando o fluxo de genes e facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas
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07/12/2006 - 09:20
Editoria
O Paraná foi escolhido pelo Ministério do Meio Ambiente para representar o Brasil em uma reunião sobre áreas protegidas nesta quinta-feira (07), no Parque Natural Regional das Montanhas de Bauges, nos Alpes franceses. A reunião irá abordar a formação de ‘mosaicos de áreas protegidas’ - porções de ecossistemas naturais que ligam fragmentos de vegetação possibilitando o fluxo de genes e facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas - e tem como objetivo a troca de experiências entre os participantes de diversos países. No Paraná, os mosaicos são chamados de ‘corredores de biodiversidade’ e existem desde 2004, quando o Programa Paraná Biodiversidade implantou três corredores: Caiuá-Ilha Grande, Araucária e Iguaçu-Paraná - que ocupam, juntos, mais de 2 milhões de hectares. O Programa Paraná Biodiversidade é desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. “O Paraná é o único estado brasileiro que está efetivamente implantando o conceito dos mosaicos de áreas protegidas”, disse o representante paranaense no evento, o agrônomo Paulo Roberto Castella, da Secretaria do Meio Ambiente. Além da boa gestão das áreas protegidas, o agrônomo ainda citou outras iniciativas do Governo do Estado que irá destacar em sua apresentação. “O incentivo à implantação das Reservas Particulares do Patrimônio Natural, as RPPNs, em que os proprietários se responsabilizam pela preservação da floresta; a reconstituição das matas ciliares, com o plantio de mais de 53 milhões de mudas; educação ambiental e investimentos para a mudança da prática agrícola na região, estimulando o manejo ecológico e práticas menos impactantes; e o programa de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxico, que colocou o Paraná entre os locais que mais recolhem embalagens usadas do mundo; além de outras ações que facilitam a conexão dos remanescentes e motivaram a escolha do Paraná como representante brasileiro”, disse Castella. Em algumas localidades já aparecem os primeiros resultados. “No município de São Jorge do Patrocínio, corredor Caiuá-Ilha Grande, já pode ser constatada a melhoria na qualidade do solo e da água provocada pela conversão da agricultura convencional para agricultura orgânica nas propriedades da região”, disse Castella. Segundo ele, a escolha do Ministério também considerou o bom relacionamento do Paraná com a região de Rhone-Alpes, onde acontece o evento. “Em fevereiro deste ano o Paraná assinou acordos de cooperação técnica na área de agrícola com a província de Rhone-Alpes, que estão em desenvolvimento e já demonstram ser muito produtivos”, comentou o agrônomo. “Também buscaremos novas oportunidades de cooperação técnica para a gestão de áreas protegidas no Estado. Os representantes franceses já entraram em contato conosco e a perspectiva é de boas parcerias”, adiantou Castella.

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