A Defesa Sanitária Vegetal (DSV) do Paraná, que atua na prevenção, controle e erradicação de pragas e doenças que atingem as lavouras, será totalmente reestruturada no Estado. Um convênio firmado entre Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento está injetando quase R$ 6 milhões, entre recursos federais e contrapartida no Estado, para o reaparelhamento da DSV.
Este é o maior volume de recurso já recebido pela Defesa Sanitária, divisão do Departamento de Fiscalização e da Defesa Agropecuária (Defis) no Paraná e também no Brasil. Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, esse convênio sinaliza o empenho dos governos federal e do Estado em valorizar e fortalecer a Defesa Sanitária Vegetal no Paraná, um Estado líder na produção de grãos do País.
A aplicação dos recursos visa fortalecer as ações da defesa no enfrentamento de pragas quarentenárias que causam prejuízos para a agricultura paranaense como a ferrugem asiática na cultura da soja e a Doença de Greening que ataca a citricultura. Também vai incrementar medidas importantes e preventivas de doenças como Sigatoka Negra, que ataca a bananeira, e a Cydia Pomonella, que pode atacar a macieira.
Somente para o controle da Cydia Pomonella, a Defesa Sanitária colocou mais de 300 armadilhas em locais estratégicos dos pomares que são vistoriadas permanentemente pelos engenheiros agrônomos, explicou o diretor do Defis, Silmar Bürer.
Para Bianchini, a reestruturação vai garantir a qualidade e a sanidade dos produtos vegetais cultivados no Paraná. O convênio irá permitir a adequação das normas técnicas para a agricultura orgânica, um setor que está ganhando destaque no Estado, disse o secretário. Ele lembrou que esse investimento terá repercussão internacional ao potencializar a manutenção e ampliação de mercados por meio da qualidade dos produtos paranaenses.
Do total do convênio, o Ministério já disponibilizou R$ 4,74 milhões que serão aplicados na compra de equipamentos e troca de mobiliário que prevê uma reposição mais adequada para as atividades de campo dos engenheiros agrônomos. O restante, cerca de R$ 1,18 milhão, será composto por contrapartida do Estado, em recursos do Fundo de Equipamento Agropecuário (Feap), arrecadados pelo próprio Defis. O convênio irá totalizar a aplicação de R$ 5,92 milhões.
Serão adquiridos 73 veículos para os serviços de fiscalização e prevenção de doenças nas lavouras e barreiras interestaduais, 65 microcomputadores, 43 impressoras, 65 aparelhos GPS, 43 aparelhos de FAX, 22 projetores multimidia e mais R$ 530 mil serão alocados para o Centro de Diagnóstico Marcos Enrietti, para compra de equipamentos para diagnósticos fitossanitários.
Parte dos recursos será aplicada ainda na capacitação dos servidores em diferentes áreas da sanidade vegetal. Com isso a estrutura do Defis estará preparada para o enfrentamento de pragas que já existem e daquelas que ameaçam as lavouras e pomares em função do enorme trânsito de pessoas e mercadorias no fluxo de importação e exportação de produtos vegetais, explicou o chefe da Defesa Sanitária Vegetal, Gilmar Paiola.
Para o diretor do Defis, Silmar Bürer, essa reestruturação prepara o Paraná para dar um grande salto de qualidade na sanidade vegetal, que irá fortalecer a posição do Estado na manutenção e conquista de novos mercados para a produção de grãos e derivados. “Este convênio fortalece a vigilância vegetal, que por sua vez contribui com a qualidade e a competitividade das lavouras do Paraná, com objetivo de atender aos mercados a exemplo do que já é feito com a sanidade animal”, comparou.
Paraná vai reestruturar defesa sanitária vegetal
Convênio no valor de R$ 6 milhões foi firmado entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná
Publicação
11/11/2009 - 16:20
11/11/2009 - 16:20
Editoria