Paraná vai reduzir custos de manutenção da frota pública

Nova licitação contrata oficinas para nova política de gestão
Publicação
08/09/2003 - 00:00
Editoria
O governo do Estado vai abrir nova licitação para contratar oficinas mecânicas que devem atender os veículos oficiais. As vencedoras vão implementar um dos principais pilares da nova política de gestão centralizada, que deve reduzir de 20% a 30% os atuais custos de manutenção da frota pública, de R$ 23 milhões por ano. O secretário da Administração e da Previdência, Reinhold Stephanes, afirma que o novo sistema de controle informatizado da contratação dos serviços começa a ser implementado assim que a licitação for homologada. “As empresas devem estar instalando o sistema daqui a 60 dias, até porque já perdemos tempo com a anulação da primeira licitação”, comenta o secretário. Ele conta que houve uma falha no prazo de publicação do edital, que será lançado novamente daqui a duas semanas. Stephanes conta que a gestão centralizada ocorrerá em duas frentes: com o atendimento ficando a cargo de um mesmo grupo de oficinas e com os 54 órgãos da administração direta e indireta tendo as contratações e o histórico do veículos controlados pelo Departamento de Transporte Oficial (Deto) da Secretaria da Administração. “Vamos aumentar em muito a eficiência na gestão da frota”, afirma. Dos cerca de 17 mil veículos que atendem ao Estado, em torno de 2 mil são locados. Dos 15 mil carros próprios, cerca de 9,5 mil são veículos leves, com os quais o governo gasta em torno de R$ 23 milhões por ano com serviços de manutenção. A nova licitação para contratar oficinas que atendam também os veículos do interior do Paraná será na modalidade de pregão presencial e vai partir desse valor atual. O pregão, explica o secretário, é uma espécie de leilão às avessas, no qual os representantes das interessadas farão lances menores que o estabelecido como o máximo que o Estado se propuser a pagar pelo atendimento a cada lote. “O controle permitirá ao Estado saberá exatamente o que está gastando, porque e como, tendo melhores condições de análise do custo- benefício do uso dado aos modelos e marcas de veículos”, destaca Stephanes. Além disso, deixa de ter cada órgão público realizando sua própria política, de forma pulverizada. “Isso passa a ser feito de acordo com critérios técnicos, pelo Deto, que vinha atendendo apenas 13 órgãos públicos”, comenta Stephanes. Com os computadores interligados ao Deto, os serviços só serão executados após a autorização do orçamento da oficina. “Os preços orçados devem corresponder aos das tabelas de peças e de hora de mão-de-obra de cada fabricante”, acrescenta o secretário. Box-1: EM UM ANO NÃO HAVERÁ MAIS LOCAÇÕES “Dentro de aproximadamente um ano, com o vencimento de todos os contratos de locação firmados pelo governo anterior, o Estado não estará mais alugando carros”, prevê o secretário da Administração e da Previdência, Reinhold Stephanes. O Paraná gasta hoje em torno de R$1,1 milhão por mês com o aluguel de quase 2 mil veículos para atender os órgãos da administração direta e indireta. Stephanes lembra que os cálculos do governo sobre locação revelam que o sistema traz prejuízo para os cofres públicos. “O custo de dois anos de locação de um veículo permite a aquisição de outro para o patrimônio público”. Box-2: GOVERNO COMPRA CARROS PARA SUBSTITUIR LOCAÇÕES O governo vai comprar ainda em setembro um total de 172 veículos para substituir os que eram alugados de empresas cujos contratos com o Estado já venceram ou estão para vencer. “Não vamos renovar esses contratos”, destaca o secretário da Administração e da Previdência, Reinhold Stephanes. Dia 19 o Estado vai publicar o edital de licitação para essa compra, que deve atender aos secretários e diretores-gerais, além de apoio para as secretarias. Box-3 CONTRATAÇÕES DE EMERGÊNCIA JÁ ATENDEM ÀS POLÍCIAS A Secretaria da Segurança Pública contratou oficinas mecânicas pelo sistema de emergência como forma de garantir o atendimento aos veículos das polícias civil, militar e bombeiros até que seja concluído o processo de licitação para contratar os novos fornecedores de serviços. “Assim que for homologada essa licitação para centralizar as compras de serviços de manutenção no Deto a contratação de emergência será imediatamente cancelada”, revela o diretor do Departamento de Transporte Oficial (Deto) da Secretaria da Administração, Vidal Loyola Grenier. De acordo com a legislação, o governo pode contratar serviços de emergência sem licitação para atender casos de interesse público como a oferta de carros para a segurança. Nesse caso, a contratação tem validade de até 180 dias.