Paraná vai organizar comissão para apoiar festa de 120 anos da imigração ucraniana

Secretários e representantes da comunidade vão debater apoio do Governo do Estado para a programação
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01/06/2010 - 15:20
Editoria
O governador Orlando Pessuti determinou nesta terça-feira (01), no Palácio das Araucárias, que se forme uma comissão permanente para apoiar as festividades dos 120 anos da imigração ucraniana ao Brasil, a ser comemorada em 2011. A comunidade planeja começar a programação em setembro deste ano, com apresentações folclóricas, exposições e festas em diversas cidades paranaenses.
De acordo com presidente da central Ucraniano-Brasileira, Vitório Soriotiuk, a data será lembrada em todo o Brasil e na Ucrânia também, mas o Paraná deverá ser destaque. “O Estado abriga 80% dos imigrantes no Brasil, cerca de 400 mil pessoas. Será feito em Curitiba um festival folclórico com 24 grupos brasileiros, um congresso de jovens e o círio dos bispos, em 2010. Em Prudentópolis será realizado também neste ano um festival de cultura e em Cascavel outro, em 2011”, adiantou.
Pessuti lembrou da sua amizade de muitos anos com descendentes de ucranianos, que tinham forte presença em Ivaiporã e Curitiba, cidades onde o governador morou. “Como governador, sou grato por tudo que tem sido feito no Estado pelos ucranianos. Hoje estabelecemos uma parceria e uma aliança forte, com vistas às comemorações dos 120 anos desta imigração”, afirmou.
A secretária da Cultura, Vera Mussi, o secretário-chefe da Casa Civil, Nei Caldas, e o secretário da Agricultura, Ericson Chandoha, que é descendente de ucranianos, foram chamados a compor o grupo, que deverá ser integrado ainda por representantes da comunidade e a primeira-dama, Regina Pessuti.
EXPOSIÇÃO – Segundo lembrou Vitório Sorotiuk, está sendo organizada uma exposição do pintor paranaense Miguel Bakun, descendente da etnia, na Ucrânia. Para a cônsul no Paraná, Larysa Myronenko, a história da imigração precisa ser melhor conhecida no país de origem, já que até 1991 a região fazia parte da extinta União Soviética (URSS), e foi fechada ao Brasil.
“Nossa diáspora é de 20 milhões de pessoas, e o Brasil foi o terceiro maior destino, atrás dos Estados Unidos e Canadá. Aqui no Paraná ocorre um fenômeno raro, que é estudado por especialistas: a quarta geração de imigrantes ainda mantém a língua de origem. Isso ocorre em poucos países e etnias no mundo”, contou Myronenko.

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