Paraná vai contratar cientistas para fomentar desenvolvimento tecnológico

Governador Roberto Requião acredita que, morando aqui, conhecendo a realidade e as possibilidades do Paraná, esses especialistas vão desempenhar importante papel no desenvolvimento do Estado
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25/01/2006 - 19:10
O governador Roberto Requião viu aprovada por unanimidade, nesta quarta-feira (25) pelo Conselho Estadual de Ciências e Tecnologia, sua proposta de importar cientistas, técnicos, professores e especialistas dos países detentores de tecnologia de ponta, para, num período de pelo menos um ano, transferirem conhecimento tecnológico que venha a promover o desenvolvimento do Paraná nos mais diversos setores. “Se vamos desenvolver um projeto e, para isso, precisamos de conhecimento tecnológico difícil de se obter aqui, mas que existe no mundo, vamos trazer cientistas, técnicos e professores dos paises mais desenvolvidos, para que trabalharem conosco na busca de soluções. Desta forma, eles vão poder conhecer a nossa realidade, as nossas possibilidades e os nossos recursos, e vão formar grupos enormes de pessoas com formação tecnológica”, argumenta o governador. Segundo ele, a idéia não é nova. Foi utilizada, com sucesso, pelos Estados Unidos no pós-guerra – II Grande Guerra Mundial. “Vamos fazer o que os Estados Unidos fizeram, trazendo cientistas do mundo inteiro para trabalhar no território americano e ajudar desenvolver a sua ciência e a sua tecnologia. Vamos procurar gente no planeta, selecionar e trazer para cá, para trabalhar junto com o nosso pessoal nos projetos que nos interessam”. Requião fez questão de destacar que não é contra o envio de cientistas e técnicos paranaenses para estudar ou pesquisar no exterior. “O problema é que quando enviamos uma pessoa para outro país, formamos uma pessoa apenas. Além do mais, quando ela volta para o Paraná, apesar de ter sido mantida com recursos públicos, acaba arranjando bom emprego numa grande empresa multinacional e a transferência de tecnologia e o esforço do Estado simplesmente desaparecem. Não sou contra enviar pessoas, mas estou tentando formular e acentuar essa nova tendência, que entendo ser bem mais produtiva para o Estado”, concluiu.