Paraná terá um centro de pesquisa de asfalto da Petrobras

Centro começa a operar em setembro e seus estudos vão abranger o Paraná e Santa Catarina
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08/07/2007 - 09:00
Editoria
O Paraná vai abrigar o quinto Centro de Excelência de Asfalto do País. O projeto, coordenado pela Petrobras, terá sede nos laboratórios da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, e envolve o Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O Centro começa a operar em setembro e seus estudos vão abranger o Paraná e Santa Catarina, levando em conta as peculiaridades dos materiais usados no revestimento das rodovias catarinenses e paranaenses. “É um projeto que busca aprimorar a qualidade do asfalto utilizado nas rodovias brasileiras. O fato de estarmos abrigando uma sede aqui no Paraná vai possibilitar um melhor acompanhamento dos materiais utilizados e criar condições para novas pesquisas e experiências”, explica o secretário dos Transportes, Rogério Tizzot. Há outros centros de excelência nas cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Os fatores decisivos para a escolha da capital paranaense foram o planejamento de obras rodoviárias a ser executado até 2010 e o amplo programa de recuperação de estradas realizado nos últimos quatro anos. “As estradas do Paraná tiveram um salto de qualidade enorme nos últimos anos. Passamos a ter a segunda melhor malha rodoviária do País. E para os próximos anos temos um grande programa para conservar as estradas e estabelecer grandes eixos que integrem as cidades sem a necessidade do pagamento de pedágio”, reforçou o secretário. Entre 2007 e 2010, o DER prevê aplicar de R$ 1,034 bilhão nas estradas paranaenses. Entre os programas destacam-se a recuperação e consolidação das principais rodovias do Estado e as Estradas da Liberdade, que vão criar eixos ligando as principais regiões sem pedágios. Benefícios - Segundo Tizzot, a opção por Curitiba como sede vai trazer benefícios diretos para o DER e para a economia do Paraná. “Contaremos com um laboratório de última geração na Universidade Federal. Isso proporciona mais facilidade no acesso aos estudos e resultados das pesquisas”, avalia. De todos os participantes do Centro de Excelência, o DER é o maior consumidor do produto fornecido pela Petrobras. “Por isso, partiu dos nossos técnicos o interesse em montar uma estrutura que permitisse melhorar a utilização desse material e de todos os componentes do revestimento”, informa Tizzot. Do primeiro contato com a Petrobras até a reunião que definiu Curitiba como sede do Centro, engenheiros e técnicos do DER e do Tecpar - Instituto de Tecnologia do Paraná passaram um ano coletando dados e listando os setores da cadeia. “Foram essas informações, juntamente com a relação das obras executadas e programadas nas rodovias que reforçaram que o Paraná possui um amplo campo para estudos e aplicação dos resultados”, observa o secretário dos Transportes. Funcionamento – Representantes dos órgãos rodoviários do Paraná, de Santa Catarina, de prefeituras dos dois Estados, empresas, fabricantes e fornecedores dos componentes do pavimento vão se reunir periodicamente para avaliar os resultados obtidos pelos estudos e experiências do Centro. Estão previstas também consultas aos maiores interessados na qualidade do pavimento: os usuários das rodovias. Recentemente o Paraná inovou ao realizar o maior programa de recuperação de estradas utilizando asfalto modificado por polímeros. Na técnica, relativamente nova no País, são adicionados compostos químicos ao asfalto aumentando a flexibilidade e durabilidade do material. Foram 1,6 mil quilômetros de rodovias recuperadas utilizando essa tecnologia. “É o maior programa de obras realizadas com asfalto modificado por polímeros no País”, destaca o secretário Tizzot.

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