Paraná terá programa de apoio às incubadoras tecnológicas

Objetivo do Programa Estadual de Apoio às Incubadoras Tecnológicas é apoiar empresas que desenvolvem produtos inovadores
Publicação
21/06/2007 - 16:16
A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) anunciará em breve os detalhes de um programa que está sendo elaborado para apoiar as incubadoras tecnológicas existentes no Paraná. A informação foi dada nesta quinta (21) aos participantes da Feira de Inovação Tecnológica de Curitiba (Fitec), que ocorre em Curitiba, pela coordenadora de ciência e tecnologia da Seti, Jackeline Correa Veneza. Ela representou a secretária Lygia Pupatto no evento realizado no auditório do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Paraná (Sebrae), cuja programação inclui, nesta sexta (22), palestra do coordenador do Programa de Microtecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia, Henrique Miguel. O principal objetivo do Programa Estadual de Apoio às Incubadoras Tecnológicas é dar suporte às empresas que desenvolvem produtos inovadores para que elas conquistem mais espaço no mercado, gerem mais empregos e renda. “Sem apoio institucional dificilmente as empresas incubadas poderão fazer parte do mundo empresarial de hoje”, comentou o presidente da Rede Paranaense de Incubadoras Tecnológicas (Reparte), Silvestre Labiack. Ele elogiou a iniciativa do governo estadual e o diálogo aberto com o setor a partir do primeiro mandato do governador Roberto Requião “No Paraná, a micro e a pequena empresa foram responsáveis pela maioria dos empregos gerados no primeiro semestre deste ano”, disse. Mesmo assim, e segundo o presidente do Sebrae-Pr, Hélio Cadore, “boa parte das empresas que compõem esse setor ainda está atuando de forma tradicional, ou seja, pouco inovadora”. Para o coordenador do programa de cooperação da Seti e consultor do Instituto Tecnológico para o Desenvolvimento (Lactec), Jorge Bounassar, que falou na Fitec sobre “Empreendedorismo e Inovação Tecnológica”, um pré-requisito fundamental para o sucesso das empresas junto ao mercado é a formação dos empreendedores. “Também são importantes uma política de apoio à inovação permanente e a disponibilidade de recursos financeiros”. O ex-presidente da Fundação Araucária e do Conselho das Fundações de Amparo à Pesquisa falou ainda sobre as razões que levaram a Coréia a crescer no cenário mundial – basicamente, investimentos em pesquisa e desenvolvimento – e sobre o quadro brasileiro – a competência que não reverte em riquezas para o país. “Ao contrário da Coréia, do Japão, da França, entre outros países, no Brasil a maioria dos pesquisadores está nas universidades e não dentro das empresas”, citou. Sobre os casos de sucesso no país devido justamente aos investimentos realizados em pesquisa e desenvolvimento, Jorge Bounassar citou as urnas eletrônicas, “cuja tecnologia já está sendo copiada lá fora”, a extração do petróleo, a aviação brasileira, o agronegócio e a indústria de automóveis. A Feira de Inovação Tecnológica de Curitiba (Fitec), que termina nesta sexta, 22, é promovida pela Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), em parceria com 25 empresas de Curitiba. Participam do evento empresas que desenvolveram seus produtos em incubadoras tecnológicas, nas áreas de tecnologia da informação, meio ambiente, saúde, design, gestão e outras, e que estão em exposição no Sebrae-Paraná, à Rua Caeté, 150, no bairro Parolim.