Paraná terá monumento pelas vítimas da Operação Condor

Estima-se que 50 mil pessoas foram perseguidas e mortas durante a ditadura militar no Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia, Chile e Uruguai
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16/12/2010 - 16:30
Editoria

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O governador Orlando Pessuti, o secretário de Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vannuchi, e o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi, fizeram nesta quinta-feira (16), em Foz do Iguaçu, o lançamento da pedra fundamental do monumento que vai homenagear as vitimas da Operação Condor, implementada durante as ditaduras militares da América Latina.
Para Pessuti esta é uma forma de gratidão àqueles que lutaram pela liberdade. “No Paraná são muitas as homenagens que prestamos aqueles que um dia lutaram pela construção de um Brasil mais democrático”, lembrou.
O monumento será erguido no meio de uma rotatória que será empreendida pela prefeitura de Foz do Iguaçu, no cruzamento de duas grandes avenidas da cidade. A obra será construída em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. “É a primeira vez na história que se faz um monumento no País em homenagem aos que morreram, na mesma luta, em países diferentes”, destacou Vannuchi.
Existem pendências sobre como a obra será custeada e quem será responsável pelo projeto do monumento. Há possibilidade de se montar um concurso internacional para se escolher o melhor projeto.
A Operação Condor foi uma ação conjunta das ditaduras militares instaladas nos países do Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai), na década de 70, para reprimir quem se opusesse ao regime. Estima-se que o total de vitimas seja de 50 mil pessoas. A princípio a operação funcionava apenas com troca de informações, mais tarde passou a perseguir cidadão que se manifestavam contra a ditadura, torturando-os ou matando.

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