O Governo do Paraná vai aplicar mais de R$ 16 milhões nos programas Compra Direta da Agricultura Familiar e Bolsa Família em 2009. Os investimentos na área de segurança alimentar, somados aos valores repassados pelo Governo Federal, chegarão a aproximadamente R$ 20 milhões. A proposta orçamentária que prevê os recursos foi encaminhada à Assembléia Legislativa. Desde o início da administração de Roberto Requião, em 2003, até a primeira metade de 2008, os investimentos nestes programas ultrapassam R$ 1,8 bilhão, e o número de famílias atendidas chega, nestes cinco anos, a 27.883.995, segundo cálculos dos técnicos da Secretaria. O secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, disse que o objetivo principal é combater a fome, mas programas deste tipo também geram renda e diminuem a desigualdade social. “O interessante destas iniciativas é que elas vão além daquilo que se espera delas. Ao passo que promovem segurança alimentar e nutricional, e importantes ferramentas de enfrentamento à pobreza”, analisa. “O Compra Direta, por exemplo, fortalece a agricultura familiar e gera empregos no campo. Funciona assim: o Governo compra a produção dos agricultores e entrega nas instituições sociais beneficiadas”, explica ele. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), hoje no Estado são 62 mil pessoas que recebem os alimentos dos pequenos agricultores subsidiados pelo programa. De 2003, até julho deste ano, já foram mais de 1.849.125 atendidos. BOLSA FAMÍLIA: Desde que foi lançado pelo presidente Lula, em 2003, o programa Bolsa Família já investiu quase R$ 2 bilhões no Paraná, com mais de 26.034.740 famílias beneficiadas até então. Para Garcia, a parceria entre Governo do Estado e União foram essenciais para o sucesso do Bolsa Família no Estado. “O Paraná superou as metas previstas pelo Governo Federal, que pretende alcançar 11 milhões de famílias em todo o País até o final do ano, e fez com que o repasse chegasse a 447.700 lares paranaenses neste mês de setembro. Tivemos um aumento de 7% no número de famílias atendidas, ou seja 35.680 novas residências que receberam o auxílio”. Um estudo do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), sobre as repercussões do programa Bolsa Família na segurança alimentar e nutricional nas famílias beneficiadas, apontou que 73% dos beneficiários entrevistados na região Sul do país usam o dinheiro para compra de comida. No Nordeste este índice chega a 91%. Ainda segundo a pesquisa, o gasto médio dos cadastrados no programa com alimentação é de R$ 200,00 mensais. Com a verba aumentaram principalmente o consumo de açúcares (78%), arroz e cereais (76%) e leite (68%). 74% dos titulares disseram que aumentaram a quantidade de alimentos que já consumiam e 70% deles afirmaram que cresceu também a variedade à mesa.