A Paraná Esporte mostrou que está atenta às manifestações de racismo e outras formas de discriminações no esporte ao adotar medidas severas de punição aos infratores em seu Código de Organização da Justiça e Disciplina Desportiva (COJDD). Antes mesmo da Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciar e recomendar a suas decisões sobre o assunto, o Conselho Estadual de Esporte e Lazer (CEEL) aprovou as mudanças no código, que vão valer para as competições organizadas pelo Governo do Estado, como os Jogos Abertos e Jogos da Juventude.
A principal mudança prevê suspensão pelo prazo de um a três anos aos que cometerem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência e quaisquer outras formas de discriminação. “Era nosso dever adotar essas medidas, independente se outras entidades venham fazer o mesmo, porque não queremos que os maus exemplos sejam seguidos por nossas crianças e jovens”, defende o presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde.
Quanto à Fifa, além dos jogadores, os clubes e as federações serão responsabilizados pelos atos de racismo, podendo ocorrer perda de pontos, suspensão e até mesmo rebaixamento da equipe. Numa primeira condenação serão retirados três pontos, numa segunda, seis, e numa terceira ocorre o descenso. As confederações que não adotarem os mesmos procedimentos também poderão ser suspensas das competições internacionais por até dois anos.
Segundo o procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Marcos Schmitt, que é assessor jurídico da Paraná Esporte, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) também terá uma previsão como essa do código do Paraná e da Fifa. “Estamos estudando uma conduta melhor tipificada para tratar de preconceitos”, adiantou Schmitt, que é ainda membro da Comissão de Estudos Jurídicos do Ministério do Esporte.