Paraná realiza seminário sobre criação de abelhas sem ferrão


Na próxima sexta-feira (28), será realizado o 2º Seminário Paranaense de Meliponicultura, onde serão debatidos assuntos como o risco de extinção dessas abelhas em função do desmatamento das florestas e falta de reflorestamento de áreas degradadas
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25/11/2008 - 15:30
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A criação de abelhas sem ferrão, atividade conhecida como meliponicultura, está se disseminando cada vez mais no Paraná. Na próxima sexta-feira (28), será realizado o 2º Seminário Paranaense de Meliponicultura, onde serão debatidos assuntos como o risco de extinção dessas abelhas em função do desmatamento das florestas e falta de reflorestamento de áreas degradadas. “Serão discutidos temas relacionados à economia, meio ambiente, legislação e criação das abelhas, também conhecidas como indígenas ou nativas”, explicou o médico veterinário Roberto De Andrade Silva, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. No Paraná, um número crescente de criadores e preservacionistas estão aderindo à meliponicultura por hobby para a produção de mel, pesquisa científica, turismo rural e também para a educação ambiental. A quantidade de mel produzido pelas abelhas sem ferrão varia de acordo com a região, a espécie, as condições ambientais e o tipo de manejo, podendo variar de 100 gramas a 6 quilos de mel por ano, em cada colméia. As abelhas sem ferrão são nativas do Brasil, e contam com cerca de 300 espécies. A meliponicultura é uma atividade que contribui para a conservação das abelhas e de seus habitats, ameaçados pela ação de meleiros que derrubam as árvores para retirada do mel. Existem poucos estudos sobre as propriedades do mel da abelha sem ferrão, mas de acordo com a crença popular é medicinal e ótimo para gripes e resfriados. Segundo Silva, as abelhas sem ferrão são responsáveis por até 90% da polinização da flora nativa. Essas pequenas abelhas silvestres são responsáveis pela polinização de pelo menos 80% da flora na Amazônia. Considerando a importância dos polinizadores para a preservação das florestas e a produção de alimentos, em 2005 o Ministério do Meio Ambiente oficializou a Iniciativa Brasileira de Polinizadores (IBP), que está inserida no projeto da FAO (Organização Mundial para Agricultura e Alimentação) “Conservação e Manejo de Polinizadores para a Agricultura Sustentável através de uma abordagem Ecossistêmica”, cujo objetivo geral é promover e assegurar a produtividade das culturas agrícolas de comunidades rurais, bem como a segurança alimentar, através dos múltiplos benefícios dos serviços prestados pelos polinizadores. O evento tem como objetivo reunir os meliponicultores, técnicos, pesquisadores e interessados e será aberto a todos os interessados em meliponicultura como estudantes, técnicos do setor público e privado, profissionais em geral, agricultores familiares, ambientalistas e ecologistas entre outros. Serviço: 2º Seminário Paranaense de Meliponicultura. Dia: 28 (sexta-feira). Hora: 9:00 horas. Local – Emater-PR. Endereço – Rua da Bandeira, 500 – Cabral – Curitiba – PR.

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