Paraná participa de publicação sobre a sustentabilidade de áreas protegidas

Publicação sobre a contribuição dos Estados Brasileiros para a Conservação da Biodiversidade apresenta um diagnóstico financeiro das Unidades Estaduais
Publicação
24/09/2009 - 14:40
Editoria
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, participou na noite de quarta-feira (23) do lançamento do volume I da Série Sustentabilidade Financeira de Áreas Protegidas - publicação sobre a contribuição dos Estados Brasileiros para a Conservação da Biodiversidade, com um diagnóstico financeiro das Unidades de Conservação Estaduais. O Paraná é um dos quatro Estados que contribuíram para a publicação, juntamente com Minas Gerais, Rio de Janeiros e Rio Grande do Sul. O relatório foi elaborado pela organização não-governamental The Nature Conservancy (TNC) e pela diretoria de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente e lançado durante o VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), que acontece em Curitiba (PR). “Durante oito meses, coletamos e analisamos dados oficiais sobre os cenários financeiros dos estados. Mais de 300 técnicos dos cinco estados participaram do processo”, explica Ana Lucia Camphora, especialista em Economia da Conservação da TNC. Segundo ela, foram utilizadas como base para o trabalho o Sistema de Projeção de Investimentos Mínimos para a Conservação (IMC) e a Ficha de Pontuação sobre Sustentabilidade Financeira - do Ministério do Meio Ambiente e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD. O diagnóstico subsidiará a elaboração de estratégias de sustentabilidade financeira para o fortalecimento das Unidades de Conservação nos Estados. “Os sistemas estaduais deverão garantir bases estáveis para um planejamento financeiro compatível com suas necessidades específicas”, completa Ana Lúcia. PARANÁ – De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, nos últimos quatro anos, o governo investiu mais de R$ 20 milhões para garantir a conservação dos recursos naturais em áreas protegidas – Unidades de Conservação (UCs) - como parques, estações ecológicas e reservas biológicas. Deste total, cerca de R$ 7 milhões foram repassados para ampliação e reestruturação das 63 Unidades de Conservação (UCs) existentes no Paraná. Outros R$ 12 milhões na aquisição de áreas transformadas em parques. Mais R$ 1,2 milhão foram direcionados à compra de equipamento para educação ambiental e manutenção das unidades, além de veículos de apoio, tratores e barcos para fiscalização das áreas protegidas. Com estes investimentos, o número de Unidades abertas à visitação quase dobrou se comparado ao início da primeira gestão do governador Roberto Requião. “Em 2003 tínhamos 17 unidades abertas; hoje são 25”, enumerou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. O secretário lembrou ainda, que apenas nas obras da primeira fase do Jardim Botânico de Londrina, que será entregue no mês de novembro, estão sendo investidos R$ 15,8 milhões. As UCs dividem-se em Unidades de Proteção Integral, que permitem o uso indireto dos recursos naturais, e Unidades de Uso Sustentável, que compatibilizam a conservação com uso sustentável de parte dos recursos naturais. No Estado, são 36 Unidades de Proteção Integral - cinco Estações Ecológicas, uma Reserva Biológica, 27 Parques Estaduais e três Parques Florestais. Já as Unidades de Uso Sustentável somam 27 áreas: uma Área de Especial de Interesse Turístico (AEIT), nove Áreas de Proteção Ambiental (APA), cinco Florestas Estaduais, quatro Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), três Hortos Florestais e cinco Reservas Florestais. IMPORTÂNCIA - Os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul abrigam importantes remanescentes da Mata Atlântica. Suas unidades de conservação reunidas cobrem cerca de 3.094.161 hectares que, aproximadamente, abrigam 40% desses remanescentes. Estas áreas protegidas contribuem para a qualidade de vida de 59 milhões de pessoas que vivem nestes estados. Os benefícios, diretos e indiretos estão relacionados à proteção e regulação dos mananciais hídricos, regulação climática, conservação, proteção do solo, lazer e beleza cênica.