Trabalhadores do Paraná se uniram nesta sexta-feira (10) a mais de 168 milhões de trabalhadores no Brasil e no mundo, na luta por melhores condições de serviço. Em Curitiba a manifestação da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente aconteceu na Agência do Trabalhador Central e reuniu Governo do Estado e movimento sindical. O objetivo era alertar a quem buscava um emprego da importância da carteira assinada na conquista de uma vida digna.
O ato público, realizado pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social, também orientou sobre a campanha pela redução da jornada de trabalho, a igualdade de direitos para as mulheres e o combate do trabalho infantil e escravo. Para o secretário Nelson Garcia, a meta principal do evento foi alcançada. “Conseguimos passar a mensagem de que para as pessoas terem suas necessidades básicas supridas é preciso emprego, mas empregos dignos, com condições de liberdade, igualdade, segurança e salário justo”, afirma.
Carlos Zimmer, presidente do Conselho Estadual do Trabalho, explica que a jornada acontece simultaneamente em 155 países e debate problemas e soluções na luta contra a pobreza mundial. “O emprego formal, decente, é a melhor forma de combater a fome e a miséria. Acreditamos que todos os governos devem priorizar a criação de empregos dignos para seus cidadãos. No Paraná, vivemos um bom momento na geração de postos de trabalho e temos um governante que abre espaço para as discussões com a sociedade e prioriza o povo mais pobre e trabalhador. Estamos no caminho certo e vamos melhorar”, analisa.
Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores no Paraná (CUT-PR), Roni Anderson Barbosa, os movimentos sindicais devem enviar ao governador Roberto Requião um pedido para que o ideal de trabalho decente seja política pública no Estado. “O Governo do Paraná está do lado do trabalhador e acredito que mais uma vez seremos pioneiros e assumiremos esta agenda”, diz.
A Coordenação Federativa de Trabalhadores do Estado do Paraná (CFT), que reúne 12 federações e 700 sindicatos, propôs durante o evento a criação de um grupo de trabalho com trabalhadores, empresários e poder público, para definir os principais entraves ao trabalho decente e formas de vencê-los. “É preciso levantar os problemas, pensar em formas de intervenção, identificar as responsabilidades para cada ação, prazos, recursos orçamentários e mecanismos de acompanhamento”, explica o assessor jurídico da CFT, Sandro Lunard.
O trabalho decente é definido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como a atividade produtiva e adequadamente remunerada, exercida sem quaisquer formas de discriminação ou ameaças, que ofereça melhores perspectivas para o desenvolvimento social e dê às pessoas liberdade de expressar suas opiniões e organizar-se.
Um dos temas defendidos pelo movimento é a defesa da organização sindical. Neste sentido, a Secretaria realiza na próxima quarta-feira (22) um debate sobre a criação de um comitê da liberdade sindical.