O ciclone extratropical que está se formando no Atlântico Sul não deverá causar estragos no litoral do Paraná, mesmo assim, a Defesa Civil desaconselha a prática de esportes e outras atividades marítimas. As áreas que podem ser afetadas pelo ciclone, de acordo com o Simepar, são parte do litoral de Santa Catarina e o do Rio Grande do Sul.
Segundo o chefe da Divisão de Defesa Civil Estadual, tenente Maurício Genero, a Defesa Civil está permanentemente em alerta, 24 hora por dia, independente do ciclone. “Esse fenômeno está sendo acompanhado pelos técnicos do Simepar (Sistema de Meteorologia do Paraná), e, se houver evolução no quadro, medidas preventivas serão tomadas”, afirmou.
Segundo o meteorologista do Simepar, Marcelo Brauer, o ciclone extratropical, é típico desta época do ano e não tem semelhança com o fenômeno que aconteceu em março, o “Catarina”. Conforme explicou, o fenômeno terá sua ação no mar. “As conseqüências que poderão ser sentidas no litoral paranaense são ondas que podem variar de 1,5 a 2 metros de altura. Os maiores efeitos poderão ser sentidos na costa gaúcha e catarinense”, comentou.
Há previsão de que no litoral Sul de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do Sul haja ressaca. Lá, podem ocorrer ondas de três a quatro metros de altura e rajadas de vento com de até 70 km/h.
Brauer disse que a previsão é de que haja chuva no litoral paranaense devido à frente fria que está estacionada, o que pode até ocasionar alagamentos, em locais específicos, devido ao volume das chuvas.
O metereologista frisou que o ciclone é um fenômeno comum nesta época do ano e lembrou que um evento climático como esse ocorreu no dia 20 do mês passado, e que não teve registro de estragos. Bauer explicou que esse ciclone não é do mesmo tipo que o Catarina, que ainda está sendo estudado, por ser inédito no litoral do Atlântico Sul e por a comunidade científica não o considerar um furacão e nem um ciclone extratropical.
Paraná não será atingido por ciclone
Defesa Civil tranqüiliza população litorânea, explicando que o ciclone extratropical é típico desta época do ano e não trará prejuízos como o “Catarina”
Publicação
06/05/2004 - 00:00
06/05/2004 - 00:00
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