O Paraná apresentou a sua experiência como primeiro Estado brasileiro a aderir ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) a representantes de instituições de defesa agropecuária de várias regiões do país, durante reunião do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) realizada em Salvador (BA). O médico veterinário João Carlos Rocha Almeida, chefe da Divisão de Produtos de Origem Animal (SIP/POA) da Secretaria da Agricultura, participou do evento e falou da importância deste sistema, que possibilita maior competitividade para a indústria e o comércio. “Ele dá mais agilidade ao processo de criação de novas empresas”, destacou Rocha Almeida. O ingresso do Paraná no Sisbi foi oficializado pelo Ministério da Agricultura no último dia 22 de maio, em Londrina, durante o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2009/10. A adesão significa que os auditores municipais, estaduais e federais passam a inspecionar os alimentos produzidos em território paranaense seguindo as mesmas regras. Ou seja: o Serviço de Inspeção do Paraná fica habilitado a certificar alimentos que podem ser comercializados em todo o território nacional. Hoje essa norma é válida apenas para os produtos que recebem o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal). De acordo com o chefe do SIP/POA, na prática essa condição permite maior competitividade para a indústria e o comércio, pois aumenta a oferta de produtos circulando sob as mesmas exigências de qualidade. Para aderir ao Sisbi/POA, os serviços de defesa sanitária dos estados precisam comprovar que adotam os mesmos procedimentos do SIF, como a inspeção prévia e posterior ao abate dos animais, os sistemas de verificação e auto-controle, processos e utilização de matéria-prima, assim como a estocagem dos produtos. O ingresso é voluntário e aprovado mediante resultado favorável em auditoria do Ministério da Agricultura. Hoje no Paraná existem 472 empresas registradas junto ao Serviço de Inspeção da Secretaria da Agricultura, que produzem alimentos de origem animal, como carnes e leite e seus derivados, ovos, mel e pescados. Com a adesão ao Serviço de Inspeção Federal, a tendência é que o número de registros aumente consideravelmente nos próximos meses, uma vez que a padronização dos procedimentos nas diferentes esferas governamentais vai favorecer o comércio entre estados e municípios. REIVINDICAÇÕES - Na reunião do Fonesa, na Bahia, também estiveram presentes representantes dos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Para eles, os demais participantes encaminharam uma pauta com uma série de reivindicações, que acreditam ser necessárias para reestruturar os Serviços de Inspeção dos estados, visando a implantação do Sisbi, bem como harmonizar e padronizar os procedimentos de fiscalização em todo o território nacional.