O movimento “O Porto é Nosso”, criado em defesa do Porto de Paranaguá numa reação à tentativa de federalização da gestão dos portos paranaenses, tem a participação de lideranças políticas, federações empresariais, sindicatos de trabalhadores e organizações da sociedade civil. A manifestação deflagrada pelo movimento também está recebendo adesões da população, que está assinando documentos que protestam contra a manobra política que visa tirar do Governo do Paraná e do povo paranaense a administração de seus portos. A reação pública contra a federalização dos Portos de Paranaguá e Antonina mobiliza os setores importantes e representativos da sociedade paranaense. Do setor da iniciativa privada, participam do movimento “O Porto é Nosso” as federações empresariais e o setor dos trabalhadores está representado por 12 sindicatos de trabalhadores no setor portuário. No campo político, senadores paranaenses, deputados federais e deputados estaduais de todos os partidos também se manifestam publicamente contra a tentativa de federalização dos portos. Lideranças políticas regionais e prefeitos assinaram documentos defendendo que a gestão dos Portos de Paranaguá e Antonina permaneça na esfera da administração pública estadual. O movimento promoverá ato público em defesa do Porto em Paranaguá no próximo dia 30 de julho, às 11 horas, no Hotel Camboa. O encontro deverá reunir cerca de 400 lideranças paranaenses. Campos Gerais - A mobilização da sociedade paranaense contra a proposta de federalização dos portos de Paranaguá e Antonina, aprovada pela bancada oposicionista do Paraná na Câmara Federal e que, segundo o governador Roberto Requião é um perigoso caminho para a privatização dos terminais portuários do Estado, vai receber a adesão dos prefeitos, lideranças políticas, dirigentes empresariais e da sociedade civil da região dos Campos Gerais. Neste sábado (23), as lideranças da região assinam e divulgam o “Manifesto dos Campos Gerais em Defesa dos Portos do Paraná”. Além do encontro com o governador para entregar o manifesto, representantes da região devem participar do ato público no próximo dia 30 de julho em Paranaguá. Também estão sendo divulgadas listas de abaixo-assinados para que a população apóie a luta contra o projeto de federalização aprovado na Câmara Federal. Paranaguá reage - A população de Paranaguá também começa a se manifestar em defesa do movimento “O Porto é Nosso”. Uma barraca está instalada na Praça Fernando Amaro, centro da cidade, recolhendo assinaturas contra a proposta de federalização dos Portos de Paranaguá e Antonina em tramitação no Senado Federal. “Essa proposta é um pano de fundo para a privatização do porto. Queremos que a sociedade civil possa se manifestar contra o decreto legislativo e manter os portos nas mãos do Governo Estadual”, disse o vereador Alceu Maron Filho, um dos coordenadores do movimento no Litoral. A barraca vai percorrer os bairros da cidade a partir da próxima semana. Contra o Paraná - Para o deputado Rafael Greca, um dos coordenadores do movimento, “a manobra desenvolvida na Câmara Federal, por um deputado federal, é a manifestação descarada de uma postura contra o povo paranaense”. O deputado destaca que “embutida nesta manobra está o interesse de grupos de outros Estados que pretendem escoar suas produções de soja transgênica, o que não é permitido pelo Porto de Paranaguá. Isto porque no Paraná apenas pouco mais de 2% de nossos agricultores plantam transgênicos. Estes grupos encontraram um novo Calabar no Paraná”.