O ritmo de crescimento na criação de novas empresas no Paraná se manteve estável em novembro, apesar da crise econômica que afeta todo o mundo desde setembro. Em novembro, 3.861 novas empresas registraram-se na Junta Comercial do Paraná. Em 2008, a Junta acumula a criação de 49.637 novas empreendimentos — mais que em todo o ano passado, em que 47.716 novas empresas foram abertas.
“Deveremos fechar o ano com 54 mil novas empresas, um aumento de 14% em relação ao ano de 2008. Tal índice coloca o Paraná em terceiro lugar no País, atrás de São Paulo e Minas Gerais, estados muitos mais populosos que o nosso”, afirma o presidente da Junta Comercial do Paraná, Júlio Maito Filho.
“A redução na carga tributária oferecida pelo Governo do Paraná às micro e pequenas empresas impulsionou o espírito empreendedor de povo paranaense — 95% dos novos negócios são micro ou pequenas empresas” explica. “A política de desoneração tributária, o piso salarial regional e os programas de inclusão social impulsionam a economia paranaense, criando um ambiente propício ao fortalecimento da atividade produtiva”, analisa o executivo.
A maioria das novas empresas (69,2%) estão no interior do Estado, ante 30,8% na Grande Curitiba. Em Londrina, são 3.690 novos estabelecimentos; em Maringá 3.081, em Ponta Grossa, 2.815 empresas, em Cascave, 1.990 e em Umuarama, 1.249. “Existe um novo quadro de distribuição econômica em que prevalecem os pequenos negócios, que são grandes geradores de empregos com carteira assinada”, analisa Maito Filho.
“A economia paranaense vive há cinco anos um bom momento, com crescimento sustentado. Não existe emprego sem empresa. As pesquisas do Ministério do Trabalho sobre o número de empregos com carteira assinada demonstram ritmo crescente no Paraná. Cada nova empresa criada, ainda que seja uma microempresa, gera em média 2,5 empregos”, acrescenta.
Medidas de simplificação do registro mercantil, que reduzem a burocracia e os prazos de trâmites legais facilitam o início da atividade empresarial. “A Junta Comercial do Paraná tem 40 agências regionais nas principais cidades do Estado, que aprovam os processos de registro em 48 horas, em média”, explica o executivo. “Este ano, movimentamos mais de 520 mil processos, entre criação de empresas, alterações, baixas, certidões e fornecimento de documentações diversas”, enumera.
Tal crescimento na criação de novas empresas gera um problema inusitado para a Junta Comercial e para os novos empresários — a lei não admite nomes de empresas idênticos. Por isso, a Junta publicará um edital, baseado no artigo 60 da Lei 8934/94, abrindo prazo para as empresas que não tiveram alterações nos últimos dez anos comuniquem que permanecem em atividade. Caso contrário, poderão perder a proteção do nome comercial.
O projeto de remodelação da Junta Comercial inclui inovações tecnológicas no sistema de informatização e digitalização que, ao lado de convênios com outros órgãos públicos, irão simplificar e acelerar as operações. O novo edifício sede da Junta Comercial, no Centro Cívico (Zona Norte de Curitiba), atenderá às necessidades de crescimento da instituição.