Paraná mantém rigor no combate à gasolina adulterada

Segundo relatório da ANP, o Estado manteve o índice de 3,8% de amostras irregulares de gasolina contra 5,7% da média nacional
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29/10/2003 - 00:00
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A fiscalização rigorosa da qualidade dos combustíveis vendidos no Paraná tem mantido o Estado acima da média nacional em relação à integridade da gasolina. Em setembro, a Agência Nacional do Petróleo constatou que apenas 3,8% da gasolina não estavam em conformidade com os índices estabelecidos pela instituição. A média nacional é 5,7% e, em maio, o índice paranaense chegava a 22%. Os dados são divulgados mensalmente pela ANP. Segundo o levantamento da intituição, em setembro, foram coletadas 689 amostras em postos de combustíveis paranaenses, sendo que em 26 houve constatação de irregularidade na qualidade da gasolina. O baixo índice de adulteração de combustíveis está sendo mantido depois que o governo do Estado intensificou a fiscalização nos postos de combustíveis. Fiscalização – A Coordenadoria da Receita Estadual do Paraná, participa de operações conjuntas entre a Receita Estadual, Ministério Público e ANP, para coibir a adulteração de combustíveis e a sonegação fiscal. De acordo com a Coordenadoria da Receita Estadual do Paraná, o trabalho da fiscalização tributária e contra a sonegação serve como subsídio à atuação do Ministério Público. "A Receita Estadual não tem poder de polícia, não fecha estabelecimentos e não prende ninguém, mas tem todo o suporte de documentação que os agentes do Ministério Público precisam para agir", afirma o coordenador da Receita Estadual, Luiz Carlos Vieira. Ainda segundo o coordenador, a Receita Estadual possui todos os dados e histórico das empresas, cadastro de sócios, movimentação, enfim, tudo o que é necessário saber sobre os estabelecimentos. Vieira ressalta ainda a importância do trabalho em conjunto com o Ministério Público e com a Agência Nacional do Petróleo. "É o Estado organizado para combater o crime organizado", declara. Segundo ele, a grande vitória do Paraná, que conseguiu sair do primeiro para o 11º lugar no ranking da adulteração de combustíveis no país, foi justamente a integração entre os três organismos. "Hoje nossas forças são convergentes e nós já não trabalhamos mais de forma isolada no combate ao crime organizado da adulteração", diz. Essa posição é, atualmente, dividida com o Ceará. As maiores ocorrência estão concentradas na região Norte do Estado, segundo a ANP.