A série histórica da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, desde 2003, o Paraná mantém bons indicadores de trabalhadores ocupados na indústria. O levantamento aponta que em fevereiro houve crescimento de 4% no total de empregados em relação à base fixa mensal (janeiro de 2001), usada como referência do índice. As maiores altas foram no ano de 2008, quando o IBGE chegou a registrar acréscimos de 11,62%. Antes do Governo de Roberto Requião, este aumento nunca havia ultrapassado 1,94%.
Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, são estes índices que mostram, ao longo dos anos, os efeitos das ações e políticas públicas adotadas no Estado. No início de 2003, por exemplo, quando o governador Requião assumiu o primeiro mandato e concedeu redução e isenção de impostos para micro e pequenas empresas, o número de pessoal ocupado na indústria começou a aumentar. O índice passou de 0,19% em dezembro de 2002 para 2,32% em abril do ano seguinte.
“Muitas das micro e pequenas empresas beneficiadas com a isenção do ICMS puderam contratar. Mas o principal resultado proporcionado por esta política fiscal é a transformação do Paraná em um dos estados que mais têm gerado emprego com carteira assinada nos últimos anos. Com emprego formal, o trabalhador tem segurança de comprar eletrodoméstico, computador, roupa e remédio. Isto faz as indústrias ampliarem seus quadros funcionais para aumentar a produção”, explica.
Em maio do mesmo ano, quando o Governo do Paraná lançou o programa Leite das Crianças, o emprego na indústria cresceu novamente na base fixa mensal: 3,28%. No segundo semestre de 2003, quando o governador Roberto Requião criou o Conselho de Política Automotiva para estreitar os laços entre empresas locais e sistemistas (fornecedores diretos das montadoras), e acelerar a inserção do pólo paranaense nos mercados nacional e internacional, a alta foi de 4,40%.
No ano de 2004, com o programa Bom Emprego já instituído, o total de trabalhadores nas indústrias paranaenses foi 5,20% maior em abril, 7,52% em maio, 8,23% em junho, 7,32% em julho, 8,73% em agosto, 9,16% em setembro e chegou a 10,45% em novembro, fechando o ano com 7,87% em dezembro.
“O Bom Emprego atende as empresas industriais que investem no Paraná, oferecendo dilação de até 48 meses para o pagamento do imposto estadual. O prazo é dado de acordo com o Índice de desenvolvimento Humano (IDH) do município em que a indústria se instalar. Quanto mais baixo o índice, maior o benefício porque os objetivos do programa são gerar emprego, renda, descentralizar a produção industrial e respeitar o meio ambiente. O incentivo dado pelo Governo do Estado fica como capital de giro e representou R$ 3,2 bilhões até 2008”, conta o secretário.
Garcia lembra que o investimento nas cidades do interior, em infra-estrutura e na construção de melhores estradas, manutenção de ferrovias e melhorias nos portos de Paranaguá e Antonina também foram determinantes. Ele cita ainda os Barracões Industriais e os Arranjos Produtivos Locais como responsáveis pelo desenvolvimento de pólos industriais fora de Curitiba e Região Metropolitana.
“Hoje, toda região do Paraná tem uma grande indústria. O Norte, o Sudoeste e o Noroeste paranaense não tem mais a economia baseada exclusivamente na agropecuária. Os trabalhadores não precisam sair de suas cidades para ir buscar emprego na Capital e o Estado se desenvolve por inteiro”, defende ele.
A geração de renda no campo influenciou positivamente o setor industrial paranaense: com o Fundo de Aval Estadual o Governo do Paraná permitiu maior produtividade nas pequenas propriedades rurais e o dinheiro impulsionou a produção industrial. Em 2005, o número de empregados na indústria foi até 10,87% maior que em janeiro de 2001.
O ano de 2006 foi marcado pelos investimentos do Governo do Estado em qualificação profissional, os esforços do Governador Roberto Requião em criar a zona de livre comércio com a América Latina e a criação do salário mínimo regional. Apesar da criticas e previsões pessimistas, o pessoal ocupado na indústria, na base fixa mensal, sobe de 5,66% em abril para 6,16% em maio.
“Os resultados do piso regional, implantado há quatro anos, são bastante positivos e ficam cada vez melhores em termos de geração de empregos e no aumento da média da renda dos trabalhadores paranaenses. Mesmo sendo destinado apenas aos trabalhadores sem acordo coletivo de trabalho, o piso estadual acaba influenciando as negociações trabalhistas e melhorando a distribuição de renda”, ressalta Garcia.
Nos anos seguintes, o Paraná manteve o crescimento na indústria e se firmou como um dos Estados do Brasil que mais gera empregos formais. Todos os meses de 2007 e 2008 apresentaram alta superior a 5% na comparação com o mês base. Destaque para os meses de maio, que alcançaram 9,27% e 10,46%, respectivamente.
Com a instabilidade econômica que atingiu todo o mundo no final do ano passado, os números de funcionários nas indústrias diminuíram. Ações do Governo Estadual seguraram a queda no Paraná até outubro de 2008, quando eram 11,02% mais contratados que em janeiro de 2001. Os meses de novembro (9,05%), dezembro (5,32%), janeiro de 2009 (4,54%) e fevereiro (3,55%), apesar de revelarem desaceleração no nível de empregos industriais, mostram resultados positivos.
“Nunca negamos que a instabilidade econômica que atinge o mundo todo chegaria ao Paraná. Ao contrário, o governador Roberto Requião já se preocupava com os impactos, quando o restante do Brasil dizia que a crise aqui não passaria de uma marola. O Estado foi pioneiro em promover debates e discussões sobre uma crise sem precedentes históricos. O Governo ouviu especialistas, professores e economistas de diferentes países. Também ouviu sindicatos de trabalhadores e se posicionou ao lado do povo, criou um comitê em defesa dos empregos. Estamos preparados”, completou o secretário.