Paraná já pode exportar carnes para a Rússia

É o reconhecimento dos russos ao trabalho de saneamento, que foi executado de forma exemplar pelo Paraná, diz o secretário da Agricultura Newton Pohl Ribas
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12/12/2006 - 17:20
Editoria
A suspensão do embargo russo à importação de carnes e lácteos processados termicamente, anunciada nesta terça-feira (12) pelo Ministério da Agricultura, animou a comitiva paranaense que estava em Brasília para divulgar que o Estado está pronto para voltar ao mercado internacional de carnes. “A suspensão parcial do embargo é extremamente favorável para o Paraná. É o reconhecimento dos russos ao trabalho de saneamento, que foi executado de forma exemplar”, disse o secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas. Ele liderou a missão paranaense, que contou com representantes do Sindicarne (Sindicato da Indústria da Carne do Paraná). Eles se reuniram com representantes de embaixadas dos 45 países que mais compravam carnes do Paraná, antes do embargo provocado pela febre aftosa, em outubro de 2005. “Viemos informar a eles que o Paraná cumpriu todas as medidas sanitárias sobre febre aftosa e está pronto para voltar a oferecer carnes de qualidade para todo o mundo”, disse Ribas. A reconquista do mercado internacional é a meta da Secretaria da Agricultura. “O que falta agora é retomar as condições de exportar, pois em outubro o Ministério liberou as vendas para o mercado interno”, observou Ribas. A viagem a Brasília serviu também para articular a aceleração do processo para recuperar internacionalmente o status de área livre de febre aftosa com vacinação. Newton Pohl Ribas reivindicou que o Ministério da Agricultura antecipe para janeiro a entrega do relatório sobre o Paraná à OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal). “A OIE tem reunião marcada para março, mas queremos que nosso relatório seja entregue em janeiro, para adiantar o quanto possível as coisas”, explicou o secretário. Embora o mercado interno tenha absorvido boa parte da produção dos pecuaristas e frigoríficos paranaenses, o impacto da aftosa sobre as exportações de carne foi grande. Em 2005 foram vendidas ao exterior 31 mil toneladas de carnes, que renderam US$ 67 milhões. Em 2006 essa quantidade caiu para 8,5 mil toneladas e a renda foi de US$ 15 milhões. Antes da crise da aftosa, o Paraná era responsável por 2,8% das exportações nacionais de carne. Neste ano essa participação caiu para 0,6%. Para manter o Paraná livre da doença depois de recuperar o status de área livre de aftosa com vacinação, Newton Polh Ribas defendeu em Brasília a necessidade de intensificar a fiscalização nas fronteiras, com o geo-referenciamento das propriedades numa faixa de 25 quilômetros dos dois lados da fronteira, a colocação de brincos para controle dos animais e a vacinação assistida por especialistas.

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