Paraná integra programa nacional de defesa da criança e juventude

É o mais novo Estado a integrar o Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil (Pair), iniciativa da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República no enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil
Publicação
06/10/2009 - 16:55
Editoria
O Paraná é o mais novo Estado a integrar o Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil (Pair), iniciativa da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República no enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil. Entre os dias 28 e 30 de setembro, profissionais da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude estiveram em Brasília para participar da capacitação do programa, junto com representantes de outros 21 estados e do Distrito Federal. As ações no Paraná serão desenvolvidas inicialmente em Curitiba e Foz do Iguaçu, com execução da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e articulação com municípios, Secretaria da Criança e Juventude, Comissão Estadual Interistitucional de Enfrentamento à Violência Contra Crianças e Adolescentes e Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca-PR). Pela Secretaria, participaram da capacitação a psicóloga Ticyana Begnini, o coordenador do Sipia 1, Marcos Kohls, e a coordenadora do Pair no Paraná, Jandicleide Evangelista Lopes. O objetivo do programa é proporcionar políticas de proteção para um melhor atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. “Essa grave forma de violência é um fenômeno que envolve diversas dimensões, por isso precisamos de ações articuladas para a formulação de políticas eficazes no seu enfrentamento”, avalia Leila Paiva, coordenadora do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Durante o evento, os assessores estaduais construíram planos de ação, inserindo as necessidades de adaptação a cada realidade. Segundo Leila, a metodologia do Pair será implantada em 211 municípios até o final de 2009. “Estamos implementando ações que assegurem a continuidade da utilização da metodologia pelos gestores estaduais e municipais, dando assim sustentabilidade ao projeto”, explica. METODOLOGIA - A metodologia do Programa utiliza o Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), instrumento validado para mapear a rede de proteção e, desta forma, realizar o diagnóstico que apontará as possíveis fragilidades no atendimento às crianças e adolescentes com direitos violados. Com os resultados desse diagnóstico, será realizado um seminário para apresentação dos dados e formação de uma comissão permanente para monitorar o plano de operação. Além disso, a psicóloga Ticyana Begnini explica que após a apresentação do diagnóstico será realizada uma capacitação para a rede local para definição de estratégias de intervenção contra a exploração sexual comercial. “O objetivo é promover a integração de políticas públicas em todos os níveis governamentais”, esclarece. O encontro em Brasília promoveu a discussão de temas como marcos legais; contribuição das universidades nas políticas públicas; grupos de gestores e técnicos com ênfase nas ações de articulação; gestão; atendimento às vítimas; defesa e responsabilização e protagonismo juvenil. “O evento propiciou um espaço de reflexão e troca de experiências entre os estados. O Pair vem ao encontro de nossas necessidades, fortalece os movimentos existentes e soma esforços para a continuidade dos trabalhos no enfrentamento à violência contra crianças e adolescente no Paraná”, salienta Ticyana.