O Paraná gerou em março mais 10.035 empregos formais, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho. O levantamento aponta que o resultado do mês representou um crescimento de 0,56% - o segundo maior do país - sobre o total de trabalhadores com carteira assinada, estimado em 1,8 milhão paranaenses. A média nacional de elevação foi calculada em 0,29% .
Os dados, baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam também que o Paraná sozinho gerou em março 84% dos 11.916 empregos criados nos três Estados do Sul. O Rio Grande do Sul gerou 6.678 empregos e Santa Catarina perdeu 4.752 postos de trabalho. O melhor resultado foi verificado em São Paulo (55.732), que tem uma população quatro vezes maior que a do Paraná.
Com os resultados de março, o Paraná fechou o primeiro trimestre do ano com 31.500 empregos formais, também o melhor resultado do Sul e um dos três melhores do país. Desde janeiro de 2003, início do governo Roberto Requião, já são 288.892 novos empregos, sem considerar os informais e os gerados pela agricultura familiar.
Em 2003, o Paraná gerou 62.370 empregos com carteira assinada. No ano seguinte, o resultado ficou em 122.648. Em 2005, foram 72.374 novos postos de trabalho gerados no Estado. “Os primeiros números de 2006 apontam para uma tendência positiva, já que o resultado trimestre deste ano superou o do mesmo período do ano passado em quase 3 mil empregos”, analisa o presidente do Ipardes, José Moraes Neto.
Entre os setores que mais geraram empregos com carteira assinada no primeiro trimestre no Paraná estão o de serviços (11.595), o da indústria (11.643), o da construção civil (3.032), o da agricultura (1.979) e o do comércio (1.625). A administração pública foi responsável por 886 contrações no período. O crescimento dos empregos na construção ganha destaque porque o setor é um termômetro sobre a evolução da economia.
Para o governo do Paraná, ações com isenção do ICMS ao micorempresário, redução do imposto para o pequeno empresário, isenção de imposto dos produtos da cesta básica, redução de impostos de insumos da construção civil e a diminuição do ICMS nas operações dentro do Estado têm colaborado.
Brasil - Em março, em todo país, foram criados no país 76.455 empregos com carteira assinada. É o quarto melhor resultado para o mês, desde a criação do Caged. No primeiro trimestre deste ano, houve um incremento de 339.703 postos celetistas, número superior ao ocorrido em igual período de 2005, quando foram gerados 292.222 empregos, e próximo do recorde registrado nos três primeiros meses de 2004, que chegou a 347.392 vagas.
Os dados foram divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. “Ainda não dá para dizer que 2006 será melhor do que 2004, em geração de empregos com carteira assinada no país. Mas, com o resultado do Caged deste primeiro trimestre, podemos assegurar que este ano ficará entre o resultado de 2004, o melhor em geração de empregos celetistas, e o de 2005”, disse Marinho.
Nos últimos 12 meses, houve no país um acréscimo de 1.301.462 empregos com carteira assinada, o que representa uma variação acumulada de 5,19%. De janeiro de 2003 a março de 2006, o número de empregos com carteira assinada chegou a 3.762.393.
Embora a geração de empregos no país em março tenha sido inferior à verificada em fevereiro último (+ 176.632 vagas) e em março de 2005 (+ 102.965 postos), o resultado mensal não deve ser interpretado como uma sinalização de arrefecimento do ritmo de expansão do emprego. Isso porque, nos primeiros meses de cada ano, há fatores sazonais – antecipação de safra, ciclo escolar, período de chuvas – que se concentram, algumas vezes, no mês de janeiro e, em outras, nos dois meses subseqüentes.
Os setores de serviços e a indústria de transformação foram os que obtiveram melhor desempenho neste mês no Brasil, sendo que os dois registraram em março deste ano o segundo melhor resultado para o período. Foram criados 40.725 postos no setor serviços. Desse total, 15.318 vagas foram abertas nos serviços de comércio e administração de imóveis, serviços técnicos e profissionais, enquanto outras 15.054 vagas foram geradas nos serviços de ensino.
Já na indústria da transformação, foram criados 25.062 empregos com carteira assinada, o que representa uma pequena elevação em relação a fevereiro, quando foram gerados 23.558 postos. Os ramos industriais que apresentaram melhor desempenho foram a indústria da borracha, fumo, couros e peles (+ 8.984 postos), a indústria de produtos alimentícios (+ 4.126 empregos), a indústria têxtil (+ 3.468 vagas), a indústria de calçados (+ 3.396 empregos) e a indústria metalúrgica (2.541 postos).
A agropecuária foi responsável pela geração de 6.765 vagas, o segundo melhor desempenho para o mês de março – inferior apenas a março de 2003, quando foram contratados 11.030 trabalhadores com carteira assinada. A construção civil gerou 5.203 postos, variação ligeiramente menor do que a de março de 2005 (+ 6.252 postos), justificada por fatores climáticos (período de chuvas). Já no setor da administração pública, foram criados 5.964 postos de trabalho.
O comércio foi o único setor que registrou queda no nível de emprego em março: - 8.573 vagas, principalmente pela dispensa de 11.602 postos de trabalho celetistas, pelo comércio varejista. No acumulado do ano, entretanto, o setor apresentou variação positiva de 0,10%, equivalente à abertura de 5.474 vagas.
Em relação ao nível geográfico, o Caged apontou expansão quase generalizada,com destaque para a Região Sudeste (+ 70.975 postos), seguida pela Região Sul (+ 11.961 empregos), Centro-Oeste (+ 10.070 postos) e Norte (+ 1.441 postos). Somente a Região Nordeste, por motivos sazonais relacionados ao término do ciclo produtivo sucroalcooleiro, continuou a registrar desempenho negativo: -17.992 vagas. Os estados que mais se destacaram na geração de emprego foram São Paulo (+ 55.732 postos), Minas Gerais (+ 12.186 vagas) e Paraná (+ 10.035 postos).
As nove áreas metropolitanas apresentaram expansão de 0,25% (+ 26.764 postos), sendo maior o crescimento no interior dos estados (+ 55.723 postos), em função da sazonalidade positiva do agronegócio. O melhor resultado do interior foi no Estado de São Paulo (+38.190 vagas). Já nas áreas metropolitanas, os destaques foram as regiões metropolitanas de São Paulo (+ 17.542 vagas) e Belo Horizonte (+ 5.071 vagas). Curitiba ficou com 1.991 novos postos de trabalho.