A ONU (Organização das Nações Unidas) propôs algumas metas à serem seguidas pelos diferentes países neste início de milênio, com o objetivo de combater a pobreza mundial. Considerando os indicadores sociais e econômicos registrados em 1990, inúmeros países comprometeram-se a melhorá-los até 2015.
A notícia aqui é que o Paraná está perto de cumprir, já em 2010, cinco das sete metas da ONU. Nos últimos sete anos, tempo que dura o atual governo, o estado reduziu a pobreza pela metade e está na liderança nacional na geração de empregos formais proporcionalmente à população.
Essas informações são do Observatório de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis), programa do Instituto de Promoção de Desenvolvimento, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná-Fiep. O Orbis baseou-se em dados oficiais do IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em 1991, 45,8% da população paranaense vivia com renda familiar mensal menor do que meio salário mínimo. Essa taxa diminuiu para 18,02% em 2008, mas a redução menor ocorreu mesmo a partir de 2003, pois os dados mostram que em 2001 viviam abaixo da linha de pobreza 35% dos paranaenses.
O Orbis não tem dúvida sobre os motivos dessa redução: segundo seu estatístico Albi Rocha, “as políticas públicas de transferência de renda, geração de empregos e maior salário têm impacto direto neste índice”.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) elaborou um estudo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), com conclusões semelhantes: o estudo mostra uma muito expressiva redução no índice de pobreza. Em 2003, cerca de 1,6 milhão de pessoas viviam abaixo da linha da pobreza. Em 2008, com 1 milhão de habitantes a mais no estado, o número caiu para 813 mil pessoas.
De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desenpregados) do Ministério do Trabalho, havia em outubro deste ano 2.230.196 trabalhadores com carteira assinada no Paraná. Do total, 666.035 (29,86%, uma porcentagem altíssima) obtiveram emprego formal a partir de 2003. Nunca é demais lembrar que entre janeiro de 2003 e outubro de 2009 foram gerados 17 mais empregos formais do que nos oito anos do governo anterior.
Outra informação importante é que a redução da pobreza e a geração de empregos são processos que ocorrem no estado como num todo, sem que se privilegie nenhuma região. Desde 2003, o número de empregos gerados no interior é de 420.976, 63,2% de todos os empregos gerados no estado. No interior, a pobreza recuou de 16,8% para 8,46%; em Curitiba, de 10,5% para 3,92%; e na Região Metropolitana, de 18,7% para 9,09%.
Estamos combatendo a pobreza com sucesso. Segundo o IBGE, os rendimentos no Paraná saltaram de R$ 321,00, em 1998, para R$ 810,00 em 2008. Descontada a inflação do período, é um aumento real de 57%, o que é muito significativo.
Segundo o Índice Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) de Desenvolvimento Municipal, o Paraná está na vice-liderança nacional do desenvolvimento. O índice leva em conta os indicadores de emprego e renda, saúde e educação, e a nota paranaense é 0,8074, numa escala de zero a um. Os melhores índices estão no interior (Londrina, Maringá e Apucarana) e, na seqüência, Curitiba e Pinhais.
Estamos colhendo hoje os resultados de uma política de desenvolvimento que visa diminuir as desigualdades sociais e regionais. O piso salarial estadual, que é o maior do Brasil, as políticas fiscais e de geração de emprego e renda, os programas sociais, tudo isso contribuiu para que houvesse uma melhora efetiva das condições de vida dos paranaenses.
Essa melhora real aparece hoje nos dados de todos os estudos e pesquisas realizados por organismos sérios e isentos. O Paraná está acabando com a pobreza e proporcionando uma vida digna para todos.
Luiz Claudio Romanelli, advogado, especialista em gestão urbana, deputado estadual, vice-presidente do PMDB do Paraná e líder do Governo na Assembleia Legislativa – www.luizromanelli.com.br – romaneli@uol.com.br