O Paraná gerou 11.682 empregos formais em maio e registrou o quinto (o melhor) resultado positivo consecutivo na série 2009 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números foram divulgados, nesta segunda-feira (22), pelo Ministério do Trabalho. O resultado paranaense foi o único positivo na Região Sul. Em Santa Catarina foram eliminados 2.072 postos de trabalho e no Rio Grande do Sul foram demitidas 4.076 pessoas. O desempenho do Estado só foi menor que o de São Paulo (44.521) e Minas Gerais (37.518), ambos com população muito superior à paranaense.
O saldo de empregos do Paraná no mês de maio, formado pelo total de contratações menos o total de demissões no período, é quase 50% maior que o apresentado em abril (7.937). Agora, são 34.547 trabalhadores que conseguiram um serviço com carteira assinada neste ano.
O secretário estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, fez uma análise da evolução do emprego formal nestes primeiros cinco meses do ano.
“Ao contrário do restante do Brasil, o Paraná tem mantido números positivos. Enquanto o país registrava 101.748 demissões em janeiro, nosso Estado contratou 1.592 trabalhadores. Aumentamos as contratações no mês seguinte, quando 2.494 vagas foram abertas. Em março, nosso saldo já saltava para 10.842 empregos formais. Estamos no ritmo certo e devemos continuar crescendo”, calcula.
Segundo ele, o Governo Estadual vai manter as medidas de combate ao desemprego e lutar para que trabalhadores paranaenses não sejam prejudicados pela crise mundial. “Os números que o Paraná apresentam são reflexo das posições adotadas pelo governador Roberto Requião em defesa da classe trabalhadora. Não vamos relaxar. Nosso governo tem lado e não vai esmorecer”, assegurou o secretário.
Garcia destacou que está atento à situação dos empregados demitidos pela Bosch, em Curitiba, na última semana, e ressaltou que o Governo do Paraná dará todo apoio possível aos 900 trabalhadores dispensados e aos 3.000 que foram afastados por tempo determinado.
“O poder público faz a sua parte para a economia funcionar. Isentamos e reduzimos o ICMS para micro e pequenos empreendedores, criamos uma política fiscal diferenciada para atrair grandes empresas, garantimos o maior piso salarial do Brasil, investimos em qualificação profissional e infraestrutura. E a multinacional faz o quê? Demitir neste momento é uma irresponsabilidade social”, criticou.
SETORES: Mesmo com a crise, a indústria paranaense abriu 2.224 postos de trabalho em maio. O setor soma 5.522 empregos formais gerados nos primeiros cinco meses de 2009. A construção civil foi a atividade que mais abriu vagas no último mês: 2.948. Desde janeiro, foram contratadas 4.988 pessoas.
Com 2.970 novas admissões em maio, o setor de serviços foi responsável por 18.317 novas carteiras assinadas no ano. Destaque para as atividades de alimentação e alojamento, que geraram 5.837 empregos no período, e para administração de imóveis, que abriu 4.946 postos de trabalho.
A agropecuária registrou 1.663 admissões no quinto mês do ano e fechou o acumulado de 2009 com saldo de 2.515 empregos no ano. Logo em seguida, aparece o comércio, que teve 1.651 novos contratados em maio e 2.154 de saldo nos primeiros cinco meses do ano.
INTERIOR: Os municípios do interior foram responsáveis por mais de 64% de todos os empregos gerados no Estado no último mês: 7.574 contratações. Nas cidades que compõem a Região Metropolitana de Curitiba, foram admitidos 4.108 funcionários em maio, dos quais 2.420 na capital. Desde janeiro, o interior do Paraná respondeu por 29.946 vagas, o equivalente a 78% das oportunidades geradas.
RECORDE: Com o resultado de maio, o total de trabalhadores com carteira assinada no Paraná subiu para 2.094.631 trabalhadores. Destes, 611.599 conseguiram emprego a partir de 2003, início do governo de Roberto Requião. Para se ter ideia do que isso significa, o Paraná gerou 15 vezes mais empregos formais em seis anos e cinco meses do que nos oito anos anteriores, quando foram o resultado foi de 37.882 postos de trabalho.
TABELA COMPARATIVA
Geração de empregos no Paraná
1995 -25.327
1996 -32.805
1997 7.463
1998 -35.657
1999 -16.549
2000 28.143
2001 53.857
2002 58.857
Saldo do período: 37.882 empregos
2003 62.370
2004 122.648
2005 72.374
2006 86.396
2007 122.361
2008 110.903
2009 34.547 (até maio)
Saldo do período: 611.599 empregos
*Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Ministério do Trabalho e Emprego
Paraná gera 11.682 empregos em maio, o único resultado positivo na Região Sul
O desempenho do Estado só foi menor que o de São Paulo e Minas Gerais, ambos com população bem superior; agora, desde 2003, início do governo Roberto Requião, são 611.599 empregos gerados com carteira gerados no Paraná
Publicação
22/06/2009 - 15:13
22/06/2009 - 15:13
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