Paraná gera 10.842 empregos em março e tem segundo melhor resultado do Brasil

O resultado, baseado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), só foi menor que o de São Paulo, que tem população quatro vezes maior
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15/04/2009 - 15:32
Editoria
O Paraná gerou 10.842 novos empregos formais em março e apresentou o segundo melhor resultado do Brasil, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado, baseado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), só foi menor que o de São Paulo, que tem população quatro vezes maior que a do Paraná. Com os números de março, são 14.928 empregos gerados no Paraná em 2009. Para se ter uma dimensão dos números do Paraná, em todo Brasil foram gerados em março 34.818 empregos. Apenas as Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste tiveram resultados positivos. Os três Estados da Região Sul totalizaram 15.283 postos de trabalho abertos. Santa Catarina exerceu pressão negativa (-293 vagas). No Rio Grande do Sul, o número de contratados em março foi de 4.734. “O Governo Federal previa que março seria o mês da virada e representaria o primeiro sintoma da recuperação da economia brasileira. No Paraná, como imaginávamos, o resultado seria melhor. Apesar da crise, o Estado vem apresentando desde janeiro indicadores de crescimento. Em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, este é o primeiro resultado positivo do ano”, aponta o secretário estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia. O resultado paranaense para o terceiro mês de 2009 foi 50% maior que o alcançado em fevereiro, quando foram abertos 2.494 postos de trabalho. O interior, mais uma vez, foi destaque. Respondeu por 10.355 das vagas abertas, o equivalente a 98,78% do total. Na Região Metropolitana de Curitiba, foram gerados 487 empregos. O governo do Estado lembra também que no primeiro trimestre deste ano, foram registradas 13.517 novas empresas no Estado, 70% estão localizadas no interior. “É uma demonstração de que o emprego no interior não é resultado somente da agropecuária. A economia do Estado se diversificou e todas as regiões paranaenses recebem atenção do Governo Estadual”, diz o secretário Garcia. “Prova disso, é que o setor que mais contratou em março foi a indústria com 3.077 trabalhadores admitidos”, completa. SETORES: De acordo com o Caged, as indústrias paranaenses voltaram a contratar depois de um período difícil no final do ano passado e no começo deste ano. Agora, o saldo de empregos gerados na indústria no ano já é positivo: 698 novos postos de trabalho abertos. A agropecuária também se recupera das 1.563 demissões que aconteceram em fevereiro. Em março, foram 3.004 trabalhadores rurais admitidos, o que garantiu um saldo de 496 empregos no primeiro trimestre. Entre os motivos, está a contratação de mão-de-obra para a colheita do milho safrinha e para a cadeia sucroalcooleira. No setor de serviços, foram abertos 2.947 postos de trabalho em março. O desempenho se deve, principalmente às atividades de serviços de comércio e administração de imóveis (1.385 trabalhadores admitidos) e de ensino (1.173). Somados os resultados dos meses de janeiro, fevereiro e março, chega a 10.784 o total de trabalhadores contratados pelo setor. O comércio admitiu 1.191 pessoas no mês passado e expandiu o contingente de assalariados com carteira de trabalho. O saldo negativo de 1.021 vagas no primeiro bimestre de 2009, verificado devido às demissões de final de ano, foi recuperado e agora está positivo em 170 novas vagas. Já a construção civil, entre os meses de fevereiro e março deste ano, aumentou em mais de sete vezes o número de postos de trabalho. Em março, o setor empregou 428 funcionários e, com isso, o saldo do ano no setor ficou em 2.114 empregos gerados. O secretário Nelson Garcia atribui o aumento do emprego no Paraná a diversos fatores. Destaca as iniciativas do governador Roberto Requião no combate à crise econômica mundial com a redução de impostos. “O emprego aumentou em todos os principais setores da economia do Paraná, resultado principalmente de uma política pública diferenciada no Paraná”, avalia. “Nossos trabalhadores tem qualificação profissional, nossas micro e pequenas empresas não pagam ICMS, nossos empreendedores contam com ajuda do microcrédito, temos infraestrutura, portos bem equipados para o escoamento da produção e nosso piso salarial compra mais, não só porque é o maior do país, mas também porque 95 mil itens de consumo básico tiveram impostos reduzidos”, completa. RECORDE: Com o resultado de março, o número de trabalhadores com carteira assinada no Paraná subiu para 2.075.012 trabalhadores. Destes, 591.980 conseguiram emprego a partir de 2003, início do governo de Roberto Requião. Para se ter idéia do que isso significa, o Paraná gerou 15 vezes mais empregos formais nos seis anos e três meses após janeiro de 2003 do que nos oito anos anteriores, quando foram gerados apenas 37.882 postos de trabalho. Em anexo tabela comparativa.

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