Ao conquistar a terceira posição nacional no mercado de energia elétrica, a Copel superou grandes empresas distribuidoras de energia instaladas em grandes centros urbanos do Sudeste. Com uma demanda de suprimento de energia crescendo cerca de 5% os últimos anos, o Paraná superou a média brasileira e confirma a boa fase da produção industrial e agrícola, principais responsáveis por elevar os índices de consumo de energia da estatal.
O mercado informado pela Empresa de Pesquisa Energética, EPE, é medido em gigawatt-hora e coloca a Copel atrás apenas das empresas CPFL e Cemig, respectivamente distribuidoras de energia dos estados de São Paulo e Minas Gerais que concentram grande parte das maiores indústrias do país. Para subir uma posição no ranking, a Copel que havia registrado a taxa de 4,8% de aumento no consumo de energia em 2007, acumulou até julho deste ano 6,7%.
Ao analisar a nova posição da Copel, o presidente Rubens Ghilardi traçou um paralelo entre a política econômica adotada no Paraná e o atendimento da demanda por parte da estatal. “Ao determinar que a tarifa da Copel deveria ser a menor entra as grandes empresas, o Governador Roberto Requião beneficiou as famílias mas, sobretudo, fomentou a produção industrial fazendo com que o ciclo de produção aumentasse”, aponta Ghilardi que ainda relembrou a taxa de 11,3% da produção industrial paranaense no primeiro semestre deste ano que é bastante superior aos 6,3% da média nacional.
Entre as indústrias atendidas diretamente pela Copel no estado, o crescimento foi de 9,8%, enquanto a média brasileira de fornecimento de energia para as indústrias registrou 2,9% no semestre. Os setores que apresentaram os maiores aumentos na produção paranaense foram veículos automotores, edição e impressão, máquinas e equipamentos e papel e celulose. “A energia para que a indústria continue crescendo nós temos e ainda dispomos de um bom caixa para investimentos”.
A Copel, que no último domingo completou 54 anos, prevê investimentos de cerca de R$ 700 milhões por ano até 2010, alicerçados num planejamento empresarial que tem trazido bons resultados para a Companhia. Os investimentos a serem feitos concentram-se sobretudo na construção de novas linhas de transmissão e subestações que não apenas melhoram a qualidade da energia fornecida como também ampliam a capacidade de atendimento.
Na outra ponta, os investimentos em geração como a Usina Mauá, que está sendo construída no rio Tibagi e vai agregar 361MW ao parque gerador da Copel, novas fontes de energia e telecomunicações fazem com que o cliente da Copel possa contar com a tecnologia de ponta dos serviços de uma concessionária que oferece soluções em todos os setores de energia.
Meia Curitiba - de janeiro a junho de 2008, a quantidade de eletricidade usada no Paraná totalizou 11 milhões 681 mil MWh (megawatts-hora), contra 10 milhões 946 mil MWh demandados na primeira metade de 2007. A diferença, de 735 mil MWh, equivale a metade do que consome em seis meses a cidade de Curitiba. Esses números levam em conta a soma do mercado cativo da Copel (ligações atendidas diretamente pela empresa), o suprimento para outras concessionárias de distribuição em atividade no Estado e os consumidores livres estabelecidos no Paraná, mas supridos por outras empresas.
Entre as quase 3,5 milhões de ligações atendidas diretamente pela Copel e que integram seu mercado cativo, onde se concentram os principais números do mercado paranaense, o crescimento no semestre totalizou 5,9% - marca também considerada bastante expressiva pelo presidente da Companhia.