Paraná é o Estado com maior avanço na geração de emprego


Segundo levantamento do jornal O Globo, as indústrias de São Paulo e do Rio de Janeiro reduziram a participação no total de pessoas ocupadas no país
Publicação
31/05/2007 - 17:29
Editoria
O Paraná foi destaque na edição desta quinta-feira (31) do jornal O Globo, em seu caderno de economia, com o título “Rio e SP perdem peso como empregadores”, onde são analisados os números da Pesquisa Industrial Anual 2005, do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. De acordo com o jornal, as indústrias paulistas e fluminenses reduziram a participação no total de pessoas ocupadas no país. Os dois estados, somados, concentravam a metade dos empregados no segmento industrial brasileiro em 1996, mas tiveram seu peso diminuído para 42% em 2005. “Em contrapartida, o Paraná registrou o maior avanço, passando de 6,2% para 7,6%. Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais e Ceará foram os outros estados que se destacaram, embora todas outras unidades da federação também tenham se beneficiado da desconcentração no emprego, com alta ou, pelo menos, estabilidade nas taxas”, diz o jornal. Sob o ponto de vista do valor gerado pela indústria, também verificou-se uma desconcentração espacial. Em 1996, os cinco principais estados - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná - respondiam por 80% do total do país, fatia que recuou para 74% em 2005. São Paulo viu sua participação cair de 49,4% para 40,2%. Já o peso de São Paulo na absorção de mão-de-obra caiu, no mesmo período, de 42% para 36,4%, e o Rio de Janeiro recuou de 7,9% para 5,7%. A pesquisa do IBGE revela ainda que seis estados lideram o ranking da produção industrial brasileira. No período de 1996 a 2005, foi também verificada uma redução de importância da atividade industrial em São Paulo e no Rio Grande do Sul, neste último de forma mais suave, por conta da perda de participação no valor de transformação industrial. Em sentido oposto, as unidades da federação que lideraram os ganhos de participação, foram: Bahia (refino de petróleo e produção de álcool e veículos), Rio de Janeiro (indústria extrativa), Minas Gerais (indústria extrativa), Espírito Santo (indústria extrativa), Paraná (refino de petróleo e produção de álcool) e Mato Grosso (alimentos). Pesquisa Industrial Anual – A PIA-Empresa mostra que, em 2005, no Brasil, 147.400 empresas empregaram cerca de 6,4 milhões de pessoas, sendo que 3,8 milhões (59,6%) trabalhavam para as pequenas (de 5 e 99 trabalhadores) e médias (de 100 a 499 trabalhadores) empresas. Contudo, entre as pequenas empresas, as que ocupavam de 5 a 29 pessoas empregaram 1,3 milhão de pessoas, o que representa 20% do contingente de ocupados nas empresas industriais em todo o país. Das pessoas ocupadas na indústria, 40,4% (ou cerca de 2,6 milhões) estavam nas grandes empresas (de 500 ou mais pessoas ocupadas). Ainda em 2005, as empresas industriais pagaram R$ 106 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, que representam uma média de 4,4 salários mínimos mensais. Elas também acumularam uma receita de R$ 1.256 bilhões e o valor da transformação industrial (VTI) foi de R$ 511 bilhões . Em relação aos produtos industriais, a PIA-Produto revelou que o óleo diesel lidera a lista dos 100 maiores em valor de vendas em 2005, com R$ 40 bilhões. No mesmo ranking, o óleo bruto de petróleo saltou da 99ª posição, em 2000, para a oitava, com R$ 11,7 bilhões. São Paulo teve a maior participação nas vendas industriais brasileiras em 2005 (41,6%), mas sofreu queda frente a 2000 (46,4%). No estado, no mesmo período (2000-2005), as vendas de bens de capital passaram de 66,6% para 57,4% das vendas totais desse setor no país; bens intermediários caíram de 42,7% para 38,5%; bens de consumo duráveis recuaram de 42,7% para 37,0%; e bens de consumo semi e não duráveis caíram de 46,7% para 44,5%.

GALERIA DE IMAGENS