Paraná é líder na geração de empregos industriais

Para o Ipardes, crescimento de 5,7% apontado pelo IBGE para o quadrimestre revela que o Paraná está ampliando o número de trabalhadores qualificados e reduzindo as desigualdades sociais
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16/06/2005 - 18:50
Editoria
Dados do IBGE que apontam que a indústria do Paraná foi a que mais empregou no país no primeiro quadrimestre do ano. O emprego no setor cresceu 5,7%, taxa que ficou bem acima da média nacional de 2,7%. Também houve aumento na folha de pagamento dos trabalhadores da indústria paranaense e no número de horas pagas. Especificamente no mês de abril, quando comparado a igual período de 2004, o nível de emprego na indústria paranaense aumentou 4,3%, mais do que a média dos 14 estados pesquisados, que foi de 3,1%. “São dados que demonstram que a política pública de geração de empregos no Paraná está no caminho certo”, avaliou nesta quinta-feira (16) o presidente do Ipardes, José Moraes. “Novos postos de trabalho na indústria representam que o Paraná está ampliando o número de trabalhadores qualificados e reduzindo as desigualdades sociais”. Dois setores da indústria estão puxando o crescimento do emprego no Paraná: alimentos e montadoras. A indústria alimentícia elevou o número de contratações em abril em 13,03%, pelo bom desempenho das exportações das commotities. O setor de frangos vendeu US$ 179 milhões nos cinco primeiros meses de 2005. A alta foi de 29% em relação aos US$ 138 milhões em negócios gerados no ano passado. A venda de açúcar também teve alta, saltando de US$ 24 milhões para US$ 70 milhões. Já o aumento de 17,21% do emprego nas montadoras decorre do incremento da produção de veículos destinados ao mercado interno e externo. No caso específico da Volkswagen-Audi, o crescimento de quase 100% da produção nos quatro primeiros meses do ano, com a fabricação de 64.610 veículos, foi acompanhado pelo aumento de empregos. Cerca de 2 mil pessoas foram contratadas de maio do ano passado a janeiro deste ano. Portanto, os empregos da Volkswagen-Audi praticamente dobraram neste período, passando de 2,2 mil para mais de 4 mil funcionários. Os fornecedores da região também contrataram milhares de pessoas para implantar o terceiro turno em suas respectivas unidades, seguindo o ritmo da montadora. Dos 16 segmentos industriais pesquisados pelo IBGE, em abril, 12 tiveram resultados positivos. Além da indústria de alimentos e montadoras que têm um peso maior na composição final do índice que mede o emprego industrial, também tiveram resultados expressivos em número de contratações, as indústrias do fumo, refino de petróleo e máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos. Demitiram mais do que contrataram os segmentos de produtos de metal, produtos químicos, madeira e têxtil. Os indicadores da folha de pagamento real prosseguiram apresentando taxas positivas em suas principais comparações. Em relação a abril de 2004, o crescimento foi de 3,6% e no acumulado do primeiro quadrimestre do ano aumentou 5,6%. Já o número de horas pagas ao trabalhador da indústria do Paraná aumentou 2,02%. Os aumentos verificados na folha de pagamento e nas horas pagas, não significam que o trabalhador da indústria esteja ganhando mais ou fazendo mais horas extras, e sim que o número de empregados é maior.