Entre todos os estados das regiões Sul e Sudeste, o Paraná está na liderança na relação investimento vezes gastos públicos e é também o primeiro na relação dos investimentos sobre toda a receita. A situação privilegiada do estado foi constatada por pesquisa divulgada no final de julho pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e pelo Sindicato dos Engenheiros do Paraná.
Leve-se em conta que as duas regiões mencionadas incluem os estados mais ricos do País, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Pois bem, o Paraná está na frente desses estados. Não se pode esquecer, igualmente, que os investimentos realizados pelo governo paranaense vêm da própria receita do Estado, sem qualquer endividamento. Vale lembrar que, além de não tomar empréstimos, o Paraná ainda consegue pagar juros e amortizar dívidas contraídas pelo governo anterior.
Se esses dados não provam os acertos do atual Governo, então nada mais os prova. A verdade é que o governador Roberto Requião assumiu o governo numa situação catastrófica, com dívidas, sem caixa, com estatais em vias de privatização, desemprego, falta de investimentos e retração industrial. Em pouco mais de seis anos, o Paraná apresenta índices socioeconômicos que o colocam na vanguarda entre os estados brasileiros.
Veja-se, por exemplo, a situação da Educação pública. Por força de lei, cada estado é obrigado a destinar 25% do orçamento para a educação, o que nem sempre é cumprido. O Paraná é o único estado que entrega 30% do orçamento para a educação, em função de uma decisão política do Governo. Para a saúde, o Paraná cumpre a determinação constitucional de destinar 12% do orçamento.
Segundo o Dieese, os investimentos do Paraná em 2007 totalizaram R$ 692,5 milhões. Porém, se incluirmos os recursos aplicados na recuperação e conservação de rodovias, entre outras despesas, o total de investimentos chegou a R$ 1,3 bilhão. Deve-se lembrar também que podem ser acrescentados a esse total, os investimentos das estatais — como a Copel e a Sanepar — salvas da privatização pelo atual Governo.
As duas empresas, juntas, investiram em 2007 um total de R$ 1,2 bilhão, que contribuem para o desenvolvimento do estado e para a melhoria das condições de vida da população. A situação atual dessas empresas, modernas e competitivas, é a maior denúncia que se pode fazer dos esforços para privatizá-las.
A qualidade dos investimentos é, talvez, ainda mais importante do que a quantidade. A opção do governo é a de diminuir as desigualdades sociais e regionais, beneficiando quem mais tem necessidade. Assim, até 2010 serão investidos mais de R$ 1,3 bilhão na área de segurança alimentar. Só neste ano, R$ 490 milhões serão aplicados nos quatro Territórios da Cidadania — que abrangem 71 municípios, entre os de mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná —, fora os recursos do governo federal.
Mais R$ 24 milhões serão destinados à construção de novas Bibliotecas Cidadãs, e R$ 140 milhões, até o final de 2010, na reforma e construção de novas escolas. O projeto Universidade em Movimento consumiu, desde 2008, outros R$ 30 milhões.
Para finalizar, os investimentos em obras públicas, que atendem o conjunto dos municípios paranaenses, somam este ano R$ 4,5 bilhões, atendendo as áreas da educação, saúde, segurança, habitação, transporte, saneamento, energia, pavimentação, com a construção de escolas, creches, praças, terminais, ginásios, postos de saúde, parques e inúmeras outras obras.
É evidente que muita coisa deixou de ser citada, mas acho que já é suficiente para mostrar a pujança de um Estado que, finalmente, está no rumo certo.
Luiz Claudio Romanelli, 50 anos, advogado, especialista em Gestão Urbana, é deputado estadual, vice-presidente do PMDB do Paraná e líder do Governo na Assembleia Legislativa.