Paraná comemora Dia do Trabalhador com maior salário mínimo do país

O novo mínimo regional varia de R$ 663,00 a R$ 765,00 e vai injetar R$ 150 milhões por mês na economia paranaense
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01/05/2010 - 12:00
Editoria
Neste sábado (1º), os trabalhadores de todo país comemoram o seu dia. No Paraná, a data também marca o reajuste do salário mínimo regional que passa a vigorar entre R$ 663,00 e R$ 765,00. O novo piso injetará R$ 150 milhões por mês na economia paranaense.
“O Paraná, com a instituição do salário mínimo regional, é um exemplo de estado que dá garantias e proteção aos trabalhadores. Esse salário atende 350 mil paranaenses, entre trabalhadores do campo, domésticas, trabalhadores do comércio, da produção de bem e da indústria”, afirmou o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB).
O novo valor, que beneficiará 350 mil trabalhadores, ficará 50% acima do salário mínimo nacional. Dados do Dieese e do Ipardes apontaram que o aumento causa um impacto positivo de R$ 150 milhões mensais, e, que, além disso, pode servir de base também para os segmentos que não têm convenções coletivas de trabalho, influenciando direta e indiretamente 1,2 milhão de trabalhadores.
De acordo com Romanelli, a data também pode ser lembrada pelas políticas salariais aplicadas a diversas categorias: professores; policiais civis e militares. Recentemente, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei que permite aumento a todos os funcionários públicos.
“Uma das grandes conquistas dos servidores estaduais é o estabelecimento da data-base que define os reajustes e aumentos salariais. Por lei, maio é o mês em que o governo e os servidores, através dos sindicatos, estabelecem o porcentual de reajuste no ano e como ele deve ser pago”, enfatizou Romanelli.
GERAÇÃO -“ Outro ponto positivo nas políticas públicas no Paraná apontam para o recorde na geração de empregos. Nos últimos sete anos foram gerados 673 mil empregos com carteira assinada. Estima-se que só neste ano, 180 mil empregos sejam criados.
Romanelli afirma que ações como a redução e a isenção a micro e pequenas empresas, contribuíram para a geração de empregos. Além disso, ele disse que programas, entre eles o da agricultura familiar, resultaram no aumento de renda e na melhoria das condições de nutrição e de saúde dos trabalhadores.
JORNADA- Para Romanelli, a questão da jornada de trabalho é outro ponto que deve ser refletido no dia 1º de maio. Na avaliação dele, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais é uma reivindicação justa e que poderá ampliar as vagas de trabalho.
Segundo estudo da Organização Internacional de Trabalho (OIT), a redução da jornada de trabalho resulta em melhoria da saúde, da vida familiar e mais segurança aos trabalhadores e produtividade maior.
A OIT defende a criação de leis e uma fiscalização mais rígida para restringir jornadas prolongadas, além da aplicação de uma política salarial que favoreça a qualidade de trabalho e de vida do empregado.