Paraná coloca no mercado de trabalho cerca de 5 mil portadores de deficiência


Esse número representa 37% das 13 mil colocações realizadas pelo Sistema Público de Emprego desde a implantação do programa no Paraná em 1988
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28/11/2007 - 15:30
Editoria
Desde 1988, quando o Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência (PPD) passou a ser oferecido pelo Sistema Público de Emprego do Paraná como mais um serviço de intermediação de trabalhadores, 13 mil pessoas com deficiência foram contratadas com o auxílio do serviço. Para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, esses números devem ser vistos como razão de comemoração no ano em que o Sistema Público de Emprego completa 30 anos no Paraná. Nelson Garcia defende que a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho vem aumentando graças a diversas ações desenvolvidas pelo poder público. “Pelos números do programa podemos notar um acentuado crescimento nos resultados do PPD a partir de 2003. No período de janeiro de 2003 até outubro deste ano cerca der cinco mil trabalhadores com deficiência chegaram ao mercado de trabalho através das Agências do Trabalhador. Esse número representa 37% das 13 mil colocações realizadas pelo Sistema Público de Emprego desde a implantação do programa no Paraná”, analisa o secretário. Assim como o Programa, a Central do Profissional Autônomo (CPA), o Pró-Egresso e o Maturidade são programas que fazem parte da intermediação de mão-de-obra realizada pelo Sistema Público de Emprego no Paraná. Esses programas especializados são desenvolvidos com o objetivo de auxiliar trabalhadores excluídos a alcançar uma vaga no mercado de trabalho. São programas coordenados pelo Ministério do Trabalho e Emprego que, no Paraná, administrados pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social. O secretário Nelson Garcia afirma que os programas especializados são ações que o poder público promove dentro das suas atribuições de reduzir as desigualdades e promover a inclusão social. “O Estado, representado pelos Governos Federal, Estadual e Municipal, tem o objetivo de reduzir as desigualdades entre os cidadãos. Esses programas especializados são parte de ações que tentam incluir no mercado de trabalho os trabalhadores que encontram algum tipo de discriminação e, assim, o Estado cumpre o seu papel de promover a cidadania”, comenta Nelson Garcia. O PROGRAMA - Segundo a coordenadora estadual da Intermediação de Mão-de-Obra, Angela Carstens, os números registrados pelo PPD no Paraná são resultado das articulações e das parcerias feitas pela Secretaria. “As articulações são a diferença no programa. No Paraná nós temos a Secretaria do Trabalho articulada com o Ministério Público do Trabalho, a Delegacia Regional do Trabalho e a Secretaria de Educação. Além disso, temos parcerias com o Sistema ‘S’”, garante Angela. Ela explica que a Secretaria tem o papel de fazer a intermediação entre a empresa que precisa cumprir a Lei de Cotas e o trabalhador com deficiência que precisa de uma oportunidade para conseguir uma vaga de emprego. “Uma empresa fiscalizada pelos órgãos responsáveis acaba buscando a Agência do Trabalhador para encontrar pessoas com deficiência e contratar. Se nos cadastros não existir trabalhadores que preencham as necessidades de qualificação da empresa, a Secretaria articula parcerias com instituições que oferecem qualificação profissional aos trabalhadores”, detalha a coordenadora. PROGRAMAS – A Central do Profissional Autônomo é desenvolvido para profissionais liberais de diversas áreas como professores, médicos, eletricistas ou encanadores. Através do programa, pessoas interessadas em contratar o serviço de algum trabalhador procuram esses profissionais nos cadastros do CPA, que só indica para a realização dos serviços os profissionais com referências positivas de trabalhos anteriores. Entre janeiro e outubro deste ano, a Central do Profissional Autônomo registrou 6.753 trabalhos foram realizados em todo o estado. O Pró-Egresso é um programa direcionado para cidadãos que cumpriram sentença de restrição de liberdade e que buscam uma oportunidade para voltar ao mercado de trabalho. No programa Maturidade, os atendentes das Agências do Trabalhador priorizam o encaminhamento de pessoas com mais de 40 anos para as entrevistas de emprego.

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