O presidente da Companhia Estadual de Habitação (Cohapar) e coordenador da Conferência Estadual das Cidades, Luiz Claudio Romanelli, estará nesta quinta-feira (23), em Brasília, na abertura da 1.ª Conferência Nacional das Cidades. A delegação do Paraná é formada por 79 delegados, representantes do setor público, movimentos sociais, ONGs, sindicatos e entidades de classe.
Para Romanelli, que também é delegado eleito, as propostas elaboradas no Estado durante a Conferência Estadual podem contribuir para a formulação de uma política democrática e integrada para as cidades. “A delegação paranaense leva idéias que influirão de forma positiva e decisiva no encontro de Brasília. Uma das principais é a criação de um fundo nacional para a habitação”, explica.
Segundo Romanelli, o fundo pode possibilitar a criação de modelo habitacional permanente para a construção de moradias para famílias com renda até cinco salários mínimos. “Atender os mais pobres é hoje é um dos maiores desafios do País e também do governo paranaense”, afirmou.
As propostas que serão apresentadas pela delegação paranaense têm como base a gestão participativa como meio de garantir a todos os habitantes das cidades acesso à terra urbanizada, moradia digna, água potável, esgotamento sanitário com tratamento, educação ambiental, ambiente saudável e ainda assegurar trânsito e mobilidade urbana seguros. “Ele é fruto da diversidade cultural e política e também uma contribuição dos paranaenses ao País”, disse.
Mais de 2 mil pessoas participaram da etapa estadual da Conferência das Cidades que reuniu, em Foz do Iguaçu, representantes de 362 dos 399 municípios do Estado — o equivalente a 91% das cidades — e de mais de 500 entidades da sociedade organizada. O evento reuniu durante dois dias representantes de 362 municípios do Estado e de mais de 500 entidades da sociedade organizada, que discutiram o desenvolvimento de uma nova política urbana para o Paraná e o Brasil.
Para Romanelli, a iniciativa do Ministério das Cidades em organizar a conferência para debater uma nova política para as cidades, ouvindo os vários segmentos da sociedade organizada, comprova a disposição do governo em democratizar o processo decisório das políticas públicas.
“Tanto a questão habitacional, como a política de desenvolvimento urbano e a política ambiental precisam ser debatidos com toda a sociedade. A solução desses problemas não é responsabilidade apenas do poder público. O enfrentamento destas questões precisa de um pacto social para que possamos buscar juntos a inclusão social de todos os brasileiros”, avalia.