Evolução tecnológica e diversidade no atendimento, aliadas a uma boa dose de criatividade. Essa é a receita de sucesso do programador responsável pela Coordenação de Desenvolvimento de Produtos Multimídia da Companhia de Informática do Paraná (Celepar), Jeferson Pereira da Costa, apresentada durante palestra no Wireless Mundi promovido pela Momento Editorial, na terça-feira (24), em São Paulo.
Costa participou do painel “O Cenário Brasileiro: Avaliação e Diagnóstico”, ao lado do presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep), Hugo Cesar Hoeschl, e de outros executivos de tecnologia da informação e comunicação do País.
Ao abordar a experiência do Governo do Paraná no uso de tecnologia sem fio, através das mensagens curtas via celular (SMS), Jeferson Costa foi enfático: “Onde existe fila, há um serviço que poderia ser realizado por SMS”. Ele lembrou que o serviço é utilizado no governo paranaense desde 1999, por meio de parcerias com operadoras de telefonia celular. É o caso da Agência do Trabalhador, que encaminha informações sobre oportunidades de emprego aos cadastrados no seguro-desemprego; do Teatro Guaíra, que disponibiliza a programação cultural, horários, preços e reservas de ingressos; e da Junta Comercial, que promove o acompanhamento de processos através da tecnologia sem fio.
Dirigido a gestores públicos e de projetos sociais do terceiro setor, formuladores de políticas públicas, desenvolvedores de sistemas, produtores de conteúdo, fabricantes e operadores de telefonia, o tema do Wireless Mundi deste ano foi “Como o Celular Pode Revolucionar as Aplicações Sociais”. O objetivo deste ciclo de debates da Momento Editorial, segundo uma de suas diretoras, Lia Ribeiro, foi criar um ambiente de fomento das aplicações sociais e de governo eletrônico por meio das tecnologias sem-fio.
Para Lia Ribeiro, apesar do grande número de telefones celulares no País e da penetração do serviço junto às camadas populares, em 65% dos municípios brasileiros que têm cobertura da telefonia móvel, o serviço muito pouco usado para aplicações sociais. Esse cenário, no entanto, pode mudar a partir da ampliação de ações em desenvolvimento pelos governos estaduais e municipais, que serão fortalecidas com a nova Lei do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), já aprovada na Comissão Especial da Câmara, e que deve ser votada antes do recesso parlamentar pelo Plenário.
O gerente geral de comunicação pessoal terrestre da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Nelson Takayanagi, defendeu a participação da sociedade na definição das subfaixas de freqüência mais adequadas às prioridades sociais, como o atendimento às áreas rurais, à educação, saúde e empreendedorismo. “O País precisa discutir como vai dividir suas estradas eletrônicas, que são as freqüências”, afirmou.