Paraná ampliará intercâmbio cultural e educacional com os países do Mercosul

Para falar sobre o assunto, o secretário do Codesul, Santiago Matin Gallo, faz palestra nesta sexta-feira (20), em Curitiba, durante o Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais
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19/04/2007 - 15:23
Depois de fortalecer as relações comerciais do Paraná com os países do Mercosul nos últimos quatro anos - com missões, rodadas de negócios, visitas e câmaras de comércio - o governo do Estado vai ampliar o intercâmbio de projetos nas áreas da educação e cultura com a Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Os mecanismos vão ser apresentados pelo secretário do Codesul, Santiago Martin Gallo, na manhã desta sexta-feira (20), último dia do XIX Fórum das Assessorias das Universidades Brasileiras para Assuntos Internacionais (Faubai). A apresentação ocorrerá durante a mesa redonda “Diálogo Intercultural: A Formação de Espaços Regionais de Cooperação – Espaço Sul Americano e Ibero-America”. O evento, que começou terça-feira (17), está sendo realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) no Hotel Alta Réggia, em Curitiba. “O governo do Paraná, por determinação do governador Roberto Requião, quer fortalecer a economia e as ações sociais do Estado com a ajuda de uma nova geração de profissionais”, explica Gallo. Para isso, acrescenta o secretário do Codesul, os alunos das faculdades de fronteira vão aprender a pensar e a falar em dois idiomas: o Português e o Espanhol, com a ajuda da Secretaria da Educação, Secretaria do Ensino Superior, Secretaria da Cultura e universidades. “É um processo lento, mas gradualmente o Paraná vai mostrar para o resto do Brasil como isso pode ser feito”, destaca Santiago Gallo. Segundo o secretário, várias ações estão sendo encaminhadas, tanto no âmbito estadual como no federal - como a criação da Universidade do Mercosul em Foz do Iguaçu pela UFPR e com o apoio do governo do Paraná - para a consolidação do projeto. “O objetivo é unir no mesmo espaço físico professores e alunos dos diferentes países para gerar uma cultura de integração. Isso significa conhecer o que é o processo, a cultura e as diferentes políticas que cada um dos países tem para gerar essa política de integração”, explicou. Outro exemplo, aponta Gallo, é a criação do fórum Mercosul Educativo, onde participam ministros, reitores e outras autoridades com o objetivo de unificar o sistema de educação no Mercosul para que alunos do Ensino Fundamental e Médio possam estudar em qualquer um dos países integrantes. “Por exemplo, se você sai daqui com sua família para a Argentina, os seus filhos poderão continuar os estudos naquele país, sem dificuldade”, exemplifica o secretário. Além disso, dentro do Mercosul Educativo, serão oferecidos cursos de graduação e pós-graduação em conjunto. “Cada um dos países do Mercosul sempre teve uma política tecnológica isolada, diferente”, lembra ainda o secretário. “A proposta do Mercosul Educativo é que a ciência, a tecnologia e a educação tenham a mesma política. Para isso, existe um plano que será exposto nesta sexta-feira”. Essa é a primeira vez que o Paraná abriga o Faubai – evento realizado anualmente com a participação de autoridades nacionais e estrangeiras ligadas ao Ensino Superior. “O nosso Estado foi escolhido porque é o único do Brasil que mantém uma política pública de efetiva integração com o Mersosul”. “É importante que a universidade ingresse nesse sistema. Caso contrário, só teremos doutores, mestres e pesquisadores que só trabalham teoria. O país só vai avançar quando a ciência e tecnologia forem aplicadas para o desenvolvimento e as teses de mestrado e doutorado estejam sintonizadas com a realidade social”, destaca ainda Gallo. Além do secretário do Codesul, fazem palestra nesta sexta-feira (20) a diretora geral do Universia (Espanha), Alina Correa; o vice-reitor de Relações Internacionais da Universidade Politécnica de Madri, José Manuel Paez Borrallo; o diretor executivo do Programa de Promoção da Universidade Argentina, Pablo Bohoslavsky; a assessora de cooperação da Comissão Européia no Brasil, Gabriela Antunes; e o representante do Ministério de Educação Superior de Cuba, Dimas Hernandez Gutiérrez.

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