O Paraná será um dos Estados que receberá proporcionalmente mais recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) em função da resolução nº 506 do Conselho Curador do Fundo (CCFGTS), que amplia o limite de 20% imposto pela resolução nº 460. A informação foi veiculada no jornal Diário Comércio, Indústria & Serviços, de São Paulo, numa reportagem sobre a aplicação de recursos do Fundo de Garantia em habitação em todo o país. Com base nos dados do próprio FGTS, o Paraná está recebendo 58% a mais que o orçamento disponibilizado para habitação – os R$ 324 milhões previstos anteriormente serão ampliados para R$ 482,4 milhões – e com parte desses recursos a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) desenvolve o programa Casa da Família. Foram contratadas junto à Caixa Econômica Federal (CEF), 11,1 mil unidades, e em junho passado outras 12,8 mil unidades foram viabilizadas por meio de Termo de Cooperação e Parceria com a CEF. Segundo a diretora-presidente da Cohapar, Rosangela Curra, a ampliação dos investimentos em habitação decorre da boa parceria do Governo do Paraná com os municípios – as prefeituras doam ao Estado a área dotada de infra-estrutura para a construção das casas – e da capacidade técnica da Cohapar. “Graças ao trabalho intenso dos nossos técnicos, conseguimos montar os projetos com a rapidez necessária para que possamos atender o maior número de famílias possível”, diz. Os recursos do Fundo de Garantia estão sendo utilizados em duas modalidades do Casa da Família: hipoteca e caução. O Casa da Família FGTS/Hipoteca é destinado às famílias com renda de dois a cinco salários mínimos. O financiamento é de até 240 meses, sendo subsidiado conforme a renda do beneficiário. Pelo programa, a Cohapar constrói moradias de 40, 44, 52 e 63 metros quadrados, realizando o acompanhamento e execução das obras. Na modalidade Caução, o programa Casa da Família é viabilizado com recursos subsidiados do FGTS, com base na resolução 460 do Conselho Curador do Fundo e com contrapartida financeira da Cohapar para garantir a conclusão das unidades. O subsídio – destinado às famílias com renda de até um salário mínimo – é de até R$ 6.988 para cidades até 100 mil habitantes e R$ 10.400 para cidades com mais de 100 mil habitantes e Regiões Metropolitanas. Pelo programa, as casas têm 32 ou 40 metros quadrados. A prefeitura deve fazer a doação da área destinada ao empreendimento, dotada de infra-estrutura.