Projetos tecnológicos relacionados às produções de alimentos para combater a fome e de medicamentos para a população de baixa renda terão apoio financeiro do Paraná Tecnologia, órgão vinculado ao Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia. A informação é do diretor de Operações da entidade, Marcos de Toledo Tito.
Também serão contemplados, dentro das chamadas “Tecnologias Sociais” - uma das cinco grandes áreas de atuação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) – projetos que tratem da inclusão social e da geração de emprego e renda. “Os projetos que se enquadrarem na condição de “estratégicos” receberão recursos da ordem de R$ 22, 5 milhões em 2003”, adianta o diretor.
As cinco grandes áreas de atuação da Secretaria foram anunciadas pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, durante seminário realizado no Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), na Cidade Industrial de Curitiba. Os projetos receberão recursos após avaliação feita por consultores especializados, de cada uma das áreas identificadas “a priori” pelo Governo do Estado.
As cinco grandes áreas de atuação da Secretaria – apoio às tecnologias para o agronegócios, para a pequena e média empresa, de ponta e reequipamento das universidades estaduais – serão, agora, submetidas à aprovação do Conselho de Ciência e Tecnologia (CCT), presidido pelo governador Roberto Requião, em reunião prevista para os próximos dias, conforme adiantou Rizzi. Também integram o Conselho, além das Secretárias de Ciência e Tecnologia e do Planejamento, representantes das comunidades científicas, de trabalhadores e do setor produtivo.
Seminário – Vários outros projetos de base científica tecnológica, que resultem em inclusão social, geração de emprego e de renda, foram discutidos no Seminário promovido pela Secretaria sobre “Arranjos Produtivos Locais Tecnópolis e Tecnocentros”. O termo “arranjos produtivos” envolve, segundo explicou Marcos Toledo Tito, as pequenas e médias empresas, uma das prioridades do Governo do Estado na área da ciência e tecnologia. Nessa linha, foram discutidas as experiências regionais bem sucedidas, entre as quais as de Londrina, Pato Branco e Toledo.
Entre outros, o diretor de Administração e Finanças do Paraná Tecnologia, Sérgio Bulgacov, citou como um dos desafios para as políticas públicas a “indução e a aceleração de processos de criação, manutenção e integração de parcerias”. Segundo ele, o órgão terá daqui para frente muito mais um papel de integrador das entidades do que de repassador de recursos.