Paraná Esporte avalia Jogos Abertos do Paraná

Entrevista Ping-Pong com Ricardo Gomyde, presidente da Paraná Esporte, aborda os Jogos Abertos de Francisco Beltrão e a política de esporte do Governo do Estado.
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13/11/2005 - 06:00
Editoria
Mais de sete mil pessoas participaram da fase final dos 48º Jogos Abertos do Paraná, em Francisco Beltrão, que contou com equipes representantes de 79 municípios. A Paraná Esporte investiu R$ 1,2 milhão na competição, sendo cerca de R$ 870 mil na primeira etapa e R$ 425 mil nesta fase final. O presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, em entrevista Ping-Pong fala sobre o evento de Francisco Beltrão e a política de esporte do Governo do Estado. Confira a seguir: Pergunta - Depois de uma semana de muitas disputas, como avalia os Jogos Abertos de Francisco Beltrão. Ricardo Gomyde - Só não me surpreendi porque tinha certeza que Francisco Beltrão faria uma bela festa. O município sempre foi um modelo de organização em eventos esportivos. Em relação às disputas, pudemos acompanhar muitos atletas novos surgindo, fruto de um trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos anos com a retomada dos Jogos Colegiais e dos Jogos Universitários e o fortalecimento dos Jogos da Juventude. P -Com base na grande participação de paranaenses nas Olimpíadas de Atenas, a Veja fez matéria apontando o Paraná como celeiro de talentos esportivos. A que se deve isso? RG - Acredito que as várias políticas publicas e privadas de investimento principalmente no esporte de base. O Emanuel, do vôlei de praia, a Elisangela e o Giba, do vôlei de quadra, o Edson Luciano do atletismo, entre outros, são atletas que iniciaram suas carreiras nos Jogos da Juventude. P - Foi com esse pensamento que sua gestão investe em projetos de base como a retomada dos Jogos Colegiais? RG - Sim, desde que retomamos os Jogos Colegiais em 2003 já revelamos muitos talentos. Caso da Valdileia Martins que já foi destaque em matérias nacionais da Rede Globo. A menina do assentamento rural em Querência do Norte começou a treinar o salto em altura aos 13 anos pra participar dos Jogos Colegiais. Ela treinava pulando cerca e criando obstáculos com varas de pescar. Hoje ela detentora da terceira melhor marca para meninas ate 17 anos no Brasil. De Ponta Grossa, surgiu Vanessa Zavorski que compete atletismo pelo Colégio Estadual Linda Bacila. Ano passado, ela bateu o recorde sul-americano sub-23 de salto em distancia, com apenas 16 anos de idade. Tem ainda a Daiane Cristiane Hornes, do Colégio Estadual do Paraná. Com um problema de rotação interna no fêmur, ela tinha dificuldade em praticar atividades físicas. Então, começou a jogar xadrez para pode ir para os Jogos Colegiais. Hoje ela é campeã brasileira até 14 anos. De Francisco Beltrão, tem o Felipe que jogava basquete pelo colégio Nossa Senhora da Gloria e hoje esta no Fluminense e foi convocado pela Seleção Brasileira Infanto Juvenil. São muitos outros exemplos que podem ser citados ainda. P – O Paraná lançou nos últimos meses o programa Segundo Tempo e a ampliação do projeto Rexona. Quantas crianças serão atendidas? RG - São dois projetos que tem por objetivo usar o esporte como uma arma no combate à marginalidade e a droga colocando as crianças pra praticar esporte no contra-turno escolar. Existe um dado da ONU que revela que a cada centavo investido no esporte, o Estado economiza cinco centavos que teria em gastos com saúde. Só no Segundo Tempo estão sendo investidos no Paraná cerca de R$ 4 milhões e terá a participação de 42 mil crianças. O Rexona hoje já conta com 2.500 crianças, num projeto da Paraná Esporte com a iniciativa privada, através da Gessy Lever.

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